sábado, 2 de março de 2024

Se...

Queria te perguntar se, como eu, não sentes saudades?
 
Se não te faz falta aquele aconchego de um abraço? 
Se não te faz falta o nosso abraço?
Se ainda te recordas do que foi sentir a tranquilidade de partilhar um abraço durante o sono?

Se, também a ti, souberam bem aqueles momentos em que em, enquanto dormias, me deixava aconchegar no teu calor enquanto acarinhava o teu cabelo?
  
Se também procuras o aconchego do teu corpo, como o meu coração procura o teu...
  
(Quem me dera que não doesse assim tanto o teu vazio que me envolve.)


domingo, 22 de outubro de 2023

Amar…

(… te!) 

Permitir ao meu coração a tranquilidade de me sentir tua! 



terça-feira, 10 de outubro de 2023

My Eyes...

May you never know them (that way)…
and above all…

… may you never be the cause of my green eyes… 
My love!


sábado, 4 de março de 2023

Fantasmas

O nosso caminho está povoado por eles… pelos nossos demónios… aqueles que nos atormentam, e que no silêncio e no vazio ganham o espaço como se lhes pertencessemos… 

Sussurram as nossas angústias impedindo que as esqueçamos… alimentam-se do que o passado nos trouxe e também do que nos roubou… 

Pesam na nossa existência… mas, infelizmente, não como aquele cobertor pesado que no frio do inverno nos faz sentir o aconchego de uns braços que não existem… 

E às vezes quase ouvirmos a suas gargalhadas quando conseguem sentir que o ar nos escapa do corpo e são tão poucas as forças que nos restam para ir à superfície ganhar fôlego… 

Sendo que de pouco serve os ignorarmos… fingir que não existem não os faz desaparecer… permanecem a caminhar ao nosso lado, esperando apenas uma oportunidade… uma fragilidade… 

Quem dera poder me rir com eles… me rir deles…. Rir com eles de mim… E com todas essas gargalhadas encher de ar o vazio que me rodeia e me sufoca… 

Quem dera sentir liberdade para respirar… ao invés deste peso que trago em mim… 



domingo, 12 de fevereiro de 2023

Abraço

Quantos momentos em que recordo aqueles instantes perfeitos...

Que recordo quando o cansaço me pesa na alma... quando o vazio me envolve...

Que cruel é sentir saudades do que me fizeste sentir, sem sentir saudades de ti...


 
 

domingo, 8 de janeiro de 2023

Minha… Nossa… Tua!

Aqui sentada deixo os meus olhos e a mente vaguearem pelo passado… 

Tinha tantas certezas do que nunca iria acontecer, estava tão focada em mim… 

Deixei de acreditar que tinha direito a ser feliz… a amar…

E depois o impensável aconteceu… 

Quantas vezes me deixo maravilhar pela doçura de a sentir tranquila a dormir junto a mim… 

A cada uma delas é como se o meu coração se deixasse convencer mais um bocadinho de que ela realmente é real… que esta menina linda com este sorriso tão precioso vai estar sempre ao meu lado… 

Como posso acreditar que tive a sorte de ter este amor na minha vida… 

Ela é tudo e irei sempre sentir o deslumbramento de ter consciência que é parte de mim… que é minha… 

E a ti, vou calando as palavras, o desejo que a conheças, que te deixes encantar, que a deixes te amar… 



terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Cansada...

De sentir que não mereço...
De permitir que me façam sentir que não mereço...

De sentir o vazio...
De deixar o vazio entrar na minha alma e corromper tudo aquilo que poderia ser...


terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Despir

Dos dias em que tudo nos pesa na alma....
Dos dias em que o silêncio nos sussurra a doce melodia do abandono...
Dos dias em que mil e uma vozes ecoam em nós e nos impedem de nos ouvirmos...
Dos dias em que urge o reencontro com que sabemos sermos capazes de ser...
Dos dias em que nem os sonhos nos trazem o conforto de viver fora de nós...

Aqueles dias em que queríamos sair de nós... ir deixando para trás as camadas que escondem dos outros o quão frágeis nos sentimos... sair da nossa pele e afastar a dor que nos corrói... 
Como se fosse possível nos livrarmos de todas as mágoas que a vida nos faz sentir... 
Como se fosse possível, nem que por breves instantes, despirmo-nos do caos... e deixar a nossa alma fluir...


sábado, 17 de setembro de 2022

Quando…

Quando o ar insiste em não entrar… 
Quando a tua paz de espírito se escoa em todas as direções… 
Quando as lágrimas gritam num silêncio ensurdecedor…
Quando te envolve o vazio…
Quando esperam que consigas criar tudo do nada que sentes em ti…
Quando o cansaço insistir em te afundar…
Quando a luz insiste em se apagar…
Quando perdeste a capacidade de sentir calor…
Quando o teu sorriso se perdeu num mar de dor… 

E quando te sentes estúpida e ingrata por ter contigo o maior e mais perfeito amor… 



domingo, 21 de agosto de 2022

Silêncio

Na ausência de palavras, caminhei na sua direção… 
Envoltos num vendaval de todas as tonalidades que existem na ausência de cor… 
Fixei o meu olhar no seu e continuei a caminhar… 
O vento criava aquele silêncio gritante em que as palavras perdiam todo o seu valor… 
Vestida com a capa da coragem para disfarçar a fragilidade que sentia… 
Deixei as lágrimas fluir lavando a minha dor… e com o meu olhar despi o meu coração…
Com os meus braços trémulos envolvi o seu gélido silêncio e sussurrei-lhe ao ouvido a melodia suave da gratidão… 
E em todos aquele vazio aceitei a dor de não lhe poder agradecer por me ter mostrado o que era o amor! 


sexta-feira, 22 de julho de 2022

Fluir

Nunca enfrentaremos maior desafio do que aquele que sossegar a dor que nos dilacera a alma exige de nós…

Quando a vida exige de nós que caminhemos o mais difícil dos caminhos, encontramos no amor puro e genuíno a força que nos permite esquecer o quão destroçada temos a alma…

Carregando o manto da exaustão, é num colo dado que descobrimos o fôlego para conseguir continuar…

E, com a alma destroçada e o corpo exausto, é ao ritmo do fluir das lágrimas que trilhamos o único caminho possível… aquele em que o sal nos queima e nos regenera… aquele em que aceitar a dor e também aceitar o amor…


quinta-feira, 12 de maio de 2022

Acreditar...

Um dia deixei o meu coração se levar pela solidão...
Despi-me da armadura que todos vêm...
E a esperança de um aconchego estilhaçou-se em meu redor...
Nesse dia cravou-se-me na alma a dor do vazio...

E hoje essa dor continua a caminhar comigo... 
No cansaço que me sufoca fluem as lágrimas...
Deixo-me envenenar pela esperança de me reencontrar...

Como se fosse possível reaprender a deixar-me ver...
Como se fosse possível voltar a sentir a confiança em me deixar ter...
Como se os estilhaços que trago em mim me pudessem abandonar e como se fosse possível voltar a acreditar... 


 


domingo, 13 de março de 2022

Vou fingir...

 Vou fingir…
Vou fingir que não são lágrimas que escorrem pelo rosto...
Vou fingir…
Vou fingir que não é dor que me pesa na alma…
Vou fingir…
Vou fingir que não é angústia que me dilacera o coração…
Vou fingir…
Vou fingir que não é ingratidão que me atormenta…
Vou fingir…
Vou de fingir que não é o vazio que me envolve…
Vou fingir…
Vou fingir que não é cansaço que respiro…
Vou fingir…
Vou fingir que não são sombras que me deixam na escuridão…
Vou fingir…
Vou fingir que um dia vais existir… 
... e que a esperança existe no lugar onde poderia repousar o meu coração…


domingo, 6 de fevereiro de 2022

Amor!

Desde o primeiro instante que a sensação de estar a flutuar num sonho surreal de amor e perfeição, em que o universo decidiu te trazer à minha vida, me deixa incrédula com com o motivo pelo qual fui abençoada com tamanha dádiva…

Julgo que o amor que sinto é apenas igualado pela pavor de te perder… De não estar à tua altura… de um dia deixar de te merecer…

Não houve, nem nunca haverá, margem para uma sequer fração de instante em que hesite em relação ao quanto significas para mim! 

Surgiste da forma mais inesperada que alguma julguei possível e trouxeste contigo o sentimento de encontrar o sentido em tudo o que mudou e irá continuar a mudar… porque nunca nada fará tanto sentido como te amar! 

E as lágrimas que me escorrem pelo rosto falam de mil e um sentimentos e pensamentos, falam de quanto te quero proteger, de tudo aquilo que espero poder te trazer… 

Como se em algum momento fosse possível eu te retribuir todo o amor que me fazes sentir!



quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Ao contrário...

Quão surpreendente seria o rio desaguar na nascente e nascer no mar?
Quantos olhares surpreendidos veriam o inverso acontecer e sentir que era perfeito, porque apenas assim é que ele sabia ser?
Quão mais iríamos desfrutar se morrêssemos antes de nascer e pudéssemos usufruir de toda a sabedoria que isso no iria trazer?

Eles olham-nos e esperam que comecemos na partida e a meta seja onde vamos terminar...
... mas e se só soubermos começar onde deveríamos acabar?

Quão imperfeitamente perfeito é um caminho em que primeiro escolhes uma profissão para depois seguires a tua paixão?
Quão insensatamente perfeito é o momento em que descobres o verdadeiro amor quando já não estás numa relação?

Será ser a exceção... a insanidade... a diferença... será não saber aceitar apenas porque sim nem apenas porque não?
Deixar que as lágrimas fluam sem abraçar as mágoas, será a solução?

São tantas perguntas que podem surgir num caminho que apenas a ti cabe descobrir....



segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

A Carta que nunca irás ler...

O passar do tempo não apaga a sinceridade das palavras não proferidas...

Existe no momento mais inesperado e mais extraordinário a perfeição dos sentidos e dos sentimentos...

Poderia verter lágrimas por tudo aquilo que este momento não tem, mas aprendi com aquelas que verti que elas não convertem o vazio na tua presença...

Espero um dia conseguir demonstrar a este sentimento perfeito que não se impõem sentimentos e que nem as necessidades mais intensas podem se traduzir em algo feito de uma forma que não a espontânea e natural...

De tudo o que não lhe posso dar, o amor e a sinceridade nunca lhe irão faltar...

E apenas desejo que um dia ela possa olhar para o seu caminho e identificar em si própria a força de quem recebeu o amor que ela tem para dar...

Porque ainda que se escolha não sentir, não amar, não ler, não ver...
O universo não deixará de existir, nem os dias deixarão de se suceder...
Sem deixar margem para reaver aquilo que não soubemos ter...


sábado, 30 de outubro de 2021

Perfeição!

Inspirar... Expirar...
Deixar o ar fluir e levar consigo o peso que carrego na alma...

Pela janela a dança dos ramos das árvores denuncia o poder do vento...
E pergunto-me se ele poderá levar este vazio que me envolve...
Como se fosse possível encontrar uma resposta que trouxesse sentido a este tudo que me preenche e a esta ausência que me envolve...

Inspiro... Expiro...
Observo os ramos a dançar sem nada para os preocupar...

Inspiro... Expiro...
Sinto o mais pleno e mais perfeito dos sentimentos que trouxe à minha existência a mais sublime das experiências e a mais perfeita sintonia...

Inspiro... Expiro...
E permito que sejas em mim a perfeição da minha eternidade!



terça-feira, 15 de junho de 2021

Silêncios!

Construções infinitas de tudos e de nadas...
O mais profundo das infindáveis dúvidas que a eternidade não quis responder... 
Lavados pelo sal das lágrimas que a serenidade trouxe com a mesma certeza das respostas silenciadas...
Cravejados de sorrisos e olhos brilhantes de recordações imperfeitas... 
Daqueles que guardas junto dos diamantes que construirão a tua eternidade... 
Daqueles que aprendes a apreciar sem precisar de os destruir... 
Daqueles que as respostas tornariam desnecessárias...

Perfeitos instantes vividos num caminho que se foi cruzando com quem te trouxe tudo sem te dar nada...

sábado, 22 de maio de 2021

Silêncios

 Daqueles que nos envolvem....

Dos que tentamos controlar....


Daqueles que parecem sufocar o que o universo nos vai dizendo... Sussurrando... Gritando....


Quão cegos poderemos ser ao que o universo nos tenta dizer?

Daquilo que queremos fazer acontecer e da distância (às vezes abismal) ao que é suposto ser...


Daqueles que estão rodeados de tantos sons que julgamos que deixam de o ser...

E que ainda assim são perfeitos por tudo o que podem conter...


Imensos.... Infinitos... Ínfimos...

Com o tamanho certo que precisam de ter!

Com tudo que nos podem trazer! Com tudo o que precisamos que possam conter!



sexta-feira, 16 de abril de 2021

Somos...

Somos feitos de histórias.... de momentos... de fragmentos...

Dos instantes que partilhámos com quem existirá sempre ao nosso lado...
De toda a entrega que demos quando queríamos acreditar...
Do inesperado que trouxe a emoção que já não nos sabíamos desejar...
De instantes em que tudo fazia sentido antes de se esfumar (numa brisa que deixa apenas recordações)...
De todas as perguntas para as quais nunca teremos as respostas...

Somos feitos de lágrimas... sorrisos... e fragilidades que nos constróem... 
Somos o produto de uma receita imperfeita que conjuga os mais incoerentes dos ingredientes... 
Loucura... desejo... sonho... solidão... ternura...

Somos uma imensidão de nada no tudo que queromos e no tão pouco que com frequência sentimos que temos...