Um dia deixei o meu coração se levar pela solidão...
Despi-me da armadura que todos vêm...
E a esperança de um aconchego estilhaçou-se em meu redor...
Nesse dia cravou-se-me na alma a dor do vazio...
E hoje essa dor continua a caminhar comigo...
No cansaço que me sufoca fluem as lágrimas...
Deixo-me envenenar pela esperança de me reencontrar...
Como se fosse possível reaprender a deixar-me ver...
Como se fosse possível voltar a sentir a confiança em me deixar ter...
Como se os estilhaços que trago em mim me pudessem abandonar e como se fosse possível voltar a acreditar...