No meio de uma tempestade silenciosa, em que os medos se juntam em avalanches que ameaçam a possibilidade de um futuro, pergunto-me onde residirá a sensatez que nos protege...
Nada acontece como esperamos, e no inesperado, do mais insensato possível recanto da minha existência, surge uma luz que traz consigo toda a sanidade que está loucura permite...
Entre vagas de receios e desespero, encontro no recanto mais insensato da minha alma o lugar onde posso respirar...
E nesse lugar reside aquele olhar que penetra todos os meus medos, aniquilado-os o suficiente para que também eu possa me sentir forte suficiente para seguir em frente...
Deixo-me envolver por sorrisos e gargalhadas partilhadas que me aquecem o coração, a alma... E o corpo...
Talvez devesse pensar no futuro. Talvez devesse avaliar as possibilidades. Talvez devesse aceitar o inevitável. Talvez devesse controlar os desejos do corpo e do coração.
Mas não!
Hoje não!
Hoje quero me deixar envolver por toda esta nossa insensatez, hoje quero encontrar nos braços do destino o conforto e o aconchego de que a minha alma necessita, hoje quero deixar o prazer ser o bálsamo que faz a minha alma brilhar.
E amanhã, se o amanhã chegar, onde quer que ele me encontre, talvez aí tenha encontrado o significado desta espantosamente deliciosa insensatez...
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