domingo, 28 de março de 2021

Aqui...

Em fundo a doce melodia que dispensa palavras....

Na minha pele nua os reflexos da história que me construíu...
Os instantes de quem não me desejou... 
Os fragmentos e as lágrimas de quem não me amou... 
Perdidos entre encontros e desencontros de quem não me soube ter... de quem pouco mais que me desejou...

E aqui... perdida e reencontrada na melodia de quem nunca serei... sinto a minha pele arder pelo desejo infindável de ser simplesmente o reencontro louco e insensato de quem nunca serei... conjungado no presente...  
No presente que me traz o encontro sereno e tranquilo de quem sou...


sexta-feira, 26 de março de 2021

Instantes

Existem fragmentos da nossa existência que têm a capacidade de ser eternos...


São os momentos em que o silêncio consegue gritar a intensidade do que necessitamos...
Quando encontramos na simplicidade a mais perfeita e completa resposta à loucura de nos sentirmos vazios de destino e preenchidos de necessidades...

E sabermo-nos o imperfeito encaixe de um abraço pode trazer em si a memória eterna à qual poderemos recorrer sempre que as lágrimas tentarem sufocar a dúvida de força que existe em nós...

Que nos preencha então a gratidão da partilha... a doçura de saborear na nossa pele o aroma que nos enebria a alma... e que o sal que percorre o nosso rosto não apague nunca a mais doce das recordações...

Simples... e na mesma dose intensamente perfeita...





segunda-feira, 22 de março de 2021

Goddess

There were no masks... nothing to hide the insecurity...
There were no clothes... nothing to hide her flaws...

And still she rose... in the mist of a perfect night...
Feeling her body wisper all the answers to the questions she didn't dare to ask...
And she savoured the uncertanty that a million possible futures could hold... knowing that in her weakness she had the necessary strenght.... to find her path...



sexta-feira, 19 de março de 2021

És...

Quantas palavras podes usar para dizer o que sentes?
Quantas palavras servem para medir a imensidão do vazio e da incerteza?
Quantas palavras tens na tua alma que gritam o que o universo se nega a te trazer?


Se tudo fosse possível que pedirias ao universo?
Se tudo fosse possível quão rápido correrias para os braços que te iriam trazer o sossego e a tranquilidade pelos quais a tua pele nua de esperança anseia?


Trocaste a normalidade por sonhos... Silenciaste o desespero com um sorriso... Calaste o vazio com a coragem fingida... 

És tão pouco na infinitude que os outros esperam de ti... Sentes-te tão pouco no que queres da vida... Aceitaste o pouco que a vida te deu com a tranquilidade que um rio de lágrimas silenciosas de trouxe...


E aqui sentada... Procurando no firmamente aquela luz infinita que adorarias que refletisse o sorriso que perdeste no passado, deixas o teu corpo arrefecer ao ritmo da escuridão que te envolve... 

Permites o entorpedimento da incerteza porque a felicidade pode doer mais do que te sentes capaz de suportar... 

Permites a apagar de desejos e vontades que te querem sufocar...


És tanto e tão pouco... És imensidão num instante frágil e efémero... És a ausência daquele tudo que desejas que te traga pouco mais que nada... 

És...