Hoje ao recordar uma conversa com uma colega de trabalho, dei por mim a questionar-me sobre o que nos leva a aceitar que alguém tente nos ludibriar com uma série de inverdades, fingindo não estarmos conscientes do que se passa....
Estando eu plenamente consciente do hábito de tal personagem a retirar da sua imaginação uma lista incontável de certezas, porque não faço a miníma intenção de mudar tal tendência e porque as suas "certezas" não afectam minimamente aquilo que sei serem os factos, acabei por me deixar levar naquelas palavras...
E então pergunto-me... o que nos leva a nós a aceitar uma mentira?
Em que momento a mentira passa a ser um facto com o qual conseguimos conviver?
De que me valia interromper a conversa para demonstrar à minha colega que não acredito em noventa por cento das coisas que ela diz... afinal se a ela a deixa mais satisfeita, que me custa fingir que acredito....
Onde morará a fronteira entre a verdade e a mentira?
Em nós ou nos outros?
Se eu aceitar a mentira que me oferecem estarei a esquecer as verdades que conheço?
10 comentários:
talvez aceitando que para ela é verdade, premanecendo mentira para ti.
é uma versão da história, da história dela... nada mais.
Spritof - E porque a história dela não é a minha vida... posso deixá-la imaginar o que lhe apetecer... ;)
Podemos ver isso como uma protecção que vamos formando para a mentira. Por ouvires tão poucas verdades de bocas de outrem, não significa que as aceites, mas sim que seja mais verdade as verdades que possuis. E gosto de acreditar que assim é... *
Desde que tu saibas qual é a tua verdade, acho que nem vale a pena a tentares convencer.
Ela já fez o filme na cabeça dela...por isso...perderias o tempo!
Podes aceitar todas as mentiras que quiseres, conquanto permaneçam, dentro de ti, as tuas verdades...
Eu costumo sorrir, acenar com a cabeça e pensar: "se isso te faz feliz..."
Andreia - Pois eu também gosto de pensar assim...
Cris - Tempo que não me apetece desperdiçar....
Sayuri - E fora de mim as mentiras dos outros....
Gata - Eu muitas vezes pergunto-me se teria cara de tão ingénua assim....
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