terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Cansada...

Por estes dias sinto o meu corpo a contrariar todos os esforços que faço para me manter nas minhas actividades ditas normais.... e em quase noventa por cento dos momentos apenas me apetecia me enrolar na cama e esquecer o mundo lá fora...
Estou cansada de lutar contra problemas que nem seque sei de onde vieram...
Pedem-me opções e respostas que não tenho e sinceramente não sei onde as irei encontrar...
E neste momento em que nada parece fazer sentido assombram-me aquelas palavras de inúmeras pessoas que dizem não compreender como eu consigo fazer tudo o que faço no meu dia-a-dia... porque em dias como hoje, nem sequer eu sei como as consigo fazer....
Gostava de fingir que os problemas não existem....
Gostava de conseguir libertar o meu coração deste peso que o impede de bater num ritmo normal e sereno...
Gostava de sorrir não apenas com os lábios, mas também com a alma...
Gostava que tu me ouvisses e compreendesses que a minha vida terei que ser eu a vivê-la... terei que ser eu a cair e me levantar sozinha....
Gostava de tantas coisas que nem sei se consigo dizê-las todas...
Mas essencialmente gostava de poder acordar deste pesadelo e libertar o meu corpo deste cansaço que me oprime a alma...
E tudo porque gosto tanto dele... e porque gosto de ti....

20 comentários:

Paulo Lontro disse...

Resta-te o consolo de saber que eles também gostam de ti, ainda que de maneiras diferentes e com consequências diferentes e se assim é, mais tarde ou mais cedo tudo se resolverá e voltarás a ter a alma a sorrir.

TM disse...

Paulo - Mas neste momento esse consolo parece demasiado insuficiente....

Paulo Lontro disse...

Escreveste bem: parece!
Mas é o que tens e se vais enfrentar a tempestade por não haver alternativas então agarra-te ao que tens, nesses casos é muito!

TM disse...

Paulo - .............

Anónimo disse...

Quando a sensação é de cansaço e sufoco geral, talvez a melhor solução seja parar tudo por momentos e procurar uma atenuação de todo o tipo de pressões.

M.

spritof disse...

As encruzilhadas são pontos importantes, e muitas vezes de difícil escolha. Testam-nos a capacidade de análise, de introspecção, e colocam-nos perante opções opostas e aparentemente de impossível escolha. Escolhe-se uma, e as restantes ficam para trás.

Mas também são pontos de restruturação, de nos avaliarmos e revermos o nosso percurso. São pontos de possível mudança, de outros rumos, e de nos afirmarmos como somos, ou redescobrirmos como somos. São pontos de tomada de decisão, sobre o que queremos e para onde vamos, do que somos, e do que queremos ser.

A decisão a ti cabe, e a nós a de a aceitarmos e a apoiarmos.

Felizes os que podem escolher, porque são livres e independentes.

TM disse...

M. - Mas não é por pararmos que os problemas desaparecem... e nem sequer o cansaço parece desaparecer...

TM disse...

Spritof - Mas sentir-me-ia muito mais livre se não tivesse que escolher.... e aí sim seria efectivamente livre... para apenas viver....

spritof disse...

A vida sem escolhas não é vida...é marasmo!

A escolha faz-nos viver, obriga-nos a ver as coisas como elas são, obriga-nos a vermo-nos a nós próprios, o nosso interior, obriga-nos a mexer...a viver.

TM disse...

Spritof - As escolhas são algo bom e produtivo quando surgem de uma motivação interior... mas no momento em que nos são impostas e não conseguimos perceber porque o são, aí perdem o seu encanto...

spritof disse...

discordo...por vezes são formas de nos chamarem a atenção, ou de nos chocalharem porque está na hora...senão ainda adormecemos e perdemos a oportunidade de mudar.

por vezes, porque também há outras vezes...sinais...

Paulo Lontro disse...

Não iria comentar de novo mas o que o sprit escreveu é demasiado importante para não deixar de dizer que concordo a 100% com a ideia.

“ … por vezes são formas de nos chamarem a atenção, ou de nos chocalharem porque está na hora... senão ainda adormecemos e perdemos a oportunidade de mudar…. “

De facto, é tão construtivo ter-mos a oportunidade de deparar com uma encruzilhada como é ter-mos de escolher um dos caminhos dessa mesma encruzilhada.

TM disse...

Spritof - Dificil é quando os sinais são tantos e nos são impostos de tal forma que as decisões parecem ainda mais dificeis....

TM disse...

Paulo - Mas seria tão mais fácil se tivessemos um mapa que nos mostrasse qual o melhor caminho...

spritof disse...

Sou levado a pensar que, no estado em que as coisas estavam/estão, das duas uma:
- ou isso é um "sinal" de aviso de que estás prestes a entrar no caminho errado e deves-te manter onde estás, ou...
- já devias ter mudado há muito tempo e, à falta de mudança, algo mais drástico teve de suceder para te obrigar a mudar.

Dificil é saber qual das duas, e se for a segunda, como mudar....

Por fim, há sempre uma solução, e nem sempre de fácil escolha. Há momentos de grande sacrificio nas escolhas que fazemos, só resta saber se vale a pena.

spritof disse...

Há pessoas que se viram obrigadas a mudar à força, e que por isso passaram momentos complicados, mas hoje regojizam-se por isso.

Quanto mais cedo anteciparmos a necessidade de mudança, mais suave ela será.

Algo me diz que também eu venho tarde.

Paulo Lontro disse...

TM, não há mapas porque que não há "melhores" ou "piores" caminhos, há apenas caminhos.

Se são melhores ou piores, isso é uma conclusão que pode variar no tempo, aquilo que te parece melhor pode vir a ser, mais tarde, algo menos positivo e o inverso também é válido.

O que seria mais fácil era não ter de decidir, isso sim era o mais fácil. Acho no entanto que não te estás a queixar da vida ser fácil ou difícil mas sim que estás cansada ou seja procuras serenidade não a facilidade.
Quem não decide (não escolhe caminhos) ou não tem meios para decidir fica cansado, quem decide (quem não fica bloqueado com medo de tomar caminhos certos ou errados) vive com mais serenidade.

As decisões aliviam,descansam, as indecisões cansam!

TM disse...

Spritof - Mas de nada me vale pensar nas mudanças que não aconteceram... e ainda que a falta de opções viáveis seja cruel, teremos sempre que escolher uma delas...

TM disse...

Paulo - Mas e quando sentimos que nenhum dos caminhos nos trará serenidade?

Paulo Lontro disse...

Tens uma possível resposta no DVD que tens aí.
A má decisão é melhor que a não decisão.
Ainda por cima a má decisão pode não ser considerada má noutro momento, noutro tempo.
Se te lembras do baloiço, o pior que podes fazer é ficar com o baloiço parado e a fazer frases com a palavra SE e a palavras MAS, aí estás parada na vida.
Cada pessoa tem ritmos deferentes e capacidades de arriscar diferentes, se para uns o baloiço vai-se movendo lentamente para outros a vida só faz sentido com o baloiço movendo-se bem rápido e tocando ambos os lados da vida, ambos os paradoxos do bem e do mal, do bom e do mau, da saúde e da doença, da paz e da guerra. Se se valoriza uns conhecendo os outros.
Só tu podes saber qual o teu ritmo e qual o teu estilo, e posso garantir-te que não há fadas madrinhas que te vão tocar com a varinha magica e te indicar o caminho e muito menos dizer-te que um é o certo e o outro é o errado.
A serenidade vem ao ritmo da vida e das decisões, se nunca decidires nunca vais ter serenidade, se decidires por um dos caminhos a sereniade vem porque não estás na encruzilhada, parada com a vida a passar ao lado.