segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Histórias de uma morta anunciada...

"O titulo é estupidamente deprimente...
Mas não é minha intenção que quem quer que leia estas palavras fique triste... Para isso basto eu....
Esta palavras falam de amor, daquele que vivemos, daquele que damos.... e daquele que gostaríamos de continuar a dar....
Amar é fácil, surpreendemente fácil!!! É muitíssimo mais fácil amar que aceitar que vamos deixar de poder dar o nosso amor a alguém que queríamos ao nosso lado para sempre.
No momento em que escrevo estas palavras o tempo abatesse sobre nós, marcando na nossa breve passagem por este mundo o seu peso inegável... e nós vivemos... sobrevivemos...
Dizem que a esperança é a ultima a morrer, hoje não sei se isso é verdade. E talvez até seja preferivel que não o seja.
É tão dificil aceitar que alguém que amamos vai partir... Que aquela presença mais que habitual, que aquela companhia que se instalou no nosso coração e na nossa alma, vai deixar que fazer parte do nosso dia a dia...
A disparidade de atitudes face a vida é assumidamente normal, cada um de nós se guia por uma estrela diferente. Assim, a diferença de atitudes face a uma morte anunciada também é natural... Compreender a incapacidade de aceitar a perda de alguém que amamos é tão fácil.... Eu sei-o tão bem... Eu sei porque pressinto que as perdas na minha vida se vão acrescendo....
Compreender a incapacidade de aceitar a morte é surpreendemente fácil... mas é estranhamente mais traquilizador assumir aquilo que a vida nos irá dar, ou melhor, aquilo que a vida nos vai tirar... Aceitar a fatalidade vindora é assustador, mas a paz que nos traz consegui-lo imagino que possa diminuir a angústia...
Ultimamente existem demasiadas perdas em minha volta... e eu compreendi que nem sempre a esperança é a última a morrer... é tão ou mais importante aceitar do que continuar a ter esperança.
Aceitar não implica que deixemos de amar aqueles que vão partir, aceitar não implica que os nossos sentimentos se alteram... mas simplesmente a angústia face ao inevitável é menor... O amor permanecer... sempre...
Afinal nem sempre a esperança é a última a morrer, porque mesmo depois da morte o amor fica, permanece...
Face a uma morte anunciada a esperança é ridicula, o amor esse sim é aquele que irá morrer em último. Minto, o amor não morrerá em último, porque mesmo depois da morte o amor fica."
18 de Janeiro de 2007

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