Por estes dias, em conversa com alguns amigos, sobre as suas confusões amorosas, e algures no meio da conversa ficou em suspenso aquele momento em que era suposto eu dar a minha opinião... e eu, conscientemente, deixei o momento passar...
Claro que eu tenho uma opinão sobre aquilo que me é relatado, mas em que momento é que a minha opinião é válida para alguém que não eu...
Se todos somos diferentes, como podem esperar que algo que supostamente estaria certo, ou teria viabilidade para mim poderá funcionar para outras pessoas...
E mais ainda, em algo tão desregrado e irracional como os sentimentos, como podem esperar que seja possível usar fórmulas para resolver os problemas....
Aquilo que para mim faz sentido, possivelmente não fará para as outras pessoas, e então de que me vale dizer que penso isto ou aquilo, ou ainda que faria deste ou daquela maneira....
Se todos somos diferentes, não seria naquele momento em que nos relacionamos que poderiamos aplicar a todos as mesmas regras.... então esqueçamos as fórmulas que nos dariam segurança e vivamos a adrenalina do desconhecido....
3 comentários:
mas não será também da partilha dos nossos sentimentos e opiniões que aprendemos algo mais sobre os outros e sobre nós próprios, que nos fazem também ver outras perspectivas e que nos alargam os horizontes?...que nos ajudam a chegar a outras conclusões, mesmo que diferentes das nossas opiniões?
que mal tem a partilha de opiniões...tendo nós a consciência de que cada uma vale num dado momento e numa dada pessoa...por vezes, até uma opinião só nossa muda de um dia para o outro com uma dada vivência, experiência, circunstância... ...por isso, nem para nós é válida a não ser naquele mesmo instante...
Spritof - Não há mal algum na partilha de opiniões, mas de alguma forma não acho correcto que as minhas possam influenciar a vida de alguém de quem gosto...
...e porque não?...
normalmente, quando sigo a opinião de alguém, é porque de alguma maneira essa pessoa me fez ver algo que até a+i não tinha visto, mas a decisão foi sempre minha, e não dela...ou seja, a opinião da outra pessoa foi "propriada" por mim....
...de outra forma, teria tomado uma decisão mais incompleta...e assim diminuí a proabilidade de erro, ou decepção...
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