domingo, 19 de outubro de 2008

A pergunta... e a resposta....

O exercício que envolve nos questionarmos é um exercício indivídual, mas que poderemos partilhar no momento em que julgamos não encontrar em nós as respostas que desejamos.... mas e que fazer quando sabemos que não será em nós que existem as respostas às nossas perguntas... de que vale nos questionarmos de algo que não poderá ser respondido por nós...
Dizia-me alguém há uns tempos que eu sou diferente porque não faço do exercício de questionar os outros uma mera casualidade sem um objectivo real.... ao que eu respondi que apenas pergunto as coisas que efectivamente quero saber respondidas, e que sei que os outros me irão responder...
A verdade é que em demasiados momentos as nossas dúvidas poderiam ser solucionadas pelos outros, mas onde existe a resposta que os outros não nos querem dar?
E se nos sentimos a cair no vazio da ausência de uma resposta, será que é viável perguntar a que não se sente na necessidade de responder?
Numa determinada altura da minha vida vivi sufocada por um conjunto de respostas que alguém decidiu não me dar.... e ter conseguido ultrapassar o vazio de respostas tornou as perguntas desnecessárias....
Mas se consegui-lo aconteceu num percursso longo e complexo, pergunto-me se existe algum atalho que nos leve ao cruzamento de perguntar ou não perguntar... e no ajude a decidir qual o caminho a tomar....
Porque as respostas podem ser vitais... mas viver da respostas que não temos poderá ser fatal....

5 comentários:

Paulo Lontro disse...

"e que sei que os outros me irão responder..."
Não podes ter a certeza que te vão responder!
"quem não se sente na necessidade de responder?"
Podem não saber dar resposta!

TM disse...

Paulo - Mas podes saber que não o querem fazer... até quando não sabem ao certo o que responder, e não querem se ouvir a responder...

Anónimo disse...

Sem dúvida que as respostas são vitais quando existe uma certa e determinada inquietação
provocada pelas questões. Acho que devemos questionar com o fim de compreender, talvez
essa seja a chave para a resolução de muitos dos nossos problemas.

Não sei se existe um cruzamento entre a decisão de perguntar ou não perguntar.
Na minha opinião se existe algo que nos inquieta, então acho que se deve sempre
colocar a questão. Acho que é prioritário se existe a necessidade de compreensão.
E compreendo que muitas vezes nos retraimos nos nossos medos, complexos, etc. e
acabamos por não questionar e criar um conceito, e isso leva à elaboração de uma ideia
fundamentada na nossa realidade e percepção de uma determinada situação e que
muitas vezes pode não corresponder a realidade mais pura.

Sim, compreendo que por vezes pode existir a falta de respostas por parte de outras
pessoas. Acho que nessa situação a melhor forma de atingirmos as respostas que não temos
será através da reflexão, da percepção do mundo que nos rodeia, das circunstâncias que
levaram ao acontecimento de determinada situação, assim como do conhecimento de nós
próprios, pois baseados nestes factores poderemos atingir uma compreensão e uma
percepção do que pode ter levado uma pessoa a tomar certa e
determinada atitude e talvez sentir as respostas chegarem até nós.

M.

TM disse...

M. - Também podes aceitar que não terás as respostas dos outros e aprender a viver com isso... em vez de sufocar com perguntas...

Anónimo disse...

Aceitar com compreensão e reflecção pode ser Positivo. Agora aceitar de forma repressiva, não te sufocas com as perguntas, sufocas-te com a falta delas.

M.