Neste mundo em que o bem mais precioso que possuímos é a nossa unicidade, questiono-me como será possível as pessoas nos considerarem com iguais, e mais, em que momento ser-se igual a alguém é possível...
Já por diversas vezes me consideraram com igual a outras pessoas, mas ainda assim aos meus olhos todas as semelhanças encontradas me parecem insuficientes para que eu seja igual a seja quem for...
Será por partilhar um conjunto de características fisicas que me torno igual a outra pessoa?
Ou será por pensar de forma semelhanta a outra pessoa que serei igual a essa mesma pessoa?
Em que momento podem ser apenas consideradas um conjunto de características para que invocar algo que não é verdadeiro... Não sou, nem pretendo ser igual a ninguém, expecto a mim própria...
Não sou igual à L. porque alguém disse que somos quase gémeas...
Não sou igual ao V. porque penso de forma semelhante...
Não sou igual ao G. porque partilhamos um sonho...
Não sou igual ao G. porque partilhamos um sonho...
Não sou igual à S. porque temos a mesma profissão...
Sou igual a mim própria, porque apenas em mim existem todas as características que me transformam em quem sou...
Ou não seria este nosso um tédio se fossemos todos iguais... ou não fossem as nossas diferenças a tornar a nossa convivência um desafio interessante e estimulante....
8 comentários:
Há várias formas de olhar esta questão. O ser humano, por natureza e necessidade, tem tendencia a estereotipar. É uma forma de conseguir mexer-se no meio sem parar. Cria estereótipos e assim tira conclusões para as suas acções. A alternativa seria demasiado morosa e complexa.
Por norma, acabamos por usar essa capacidade, muitas vezes de forma errónea, para generalizar tudo e todos os que nos rodeiam. Seja por um conjunto de características físicas, uma ou outra atitude, um olhar... ...é inevitável. Todos o fazemos. O importante é estarmos conscientes de que isso não passa de uma estereótipagem, com todos os defeitos e falhas que uma avaliação desse tipo tem.
É verdade, somos todos diferentes, mas até que ponto somos, muitos de nós, realmente iguais?
Ninguém é igual a outra pessoa, pode é partilhar um conjunto de características, maior ou menor, mas isso não faz com que duas pessoas sejam iguais...
Sim, é certo.
Por exemplo, dois pacotes de bolachas da mesma marca e série são iguais, ou diferentes?
Sabemos eu não são exactamente iguais, ou então teriamos conseguido atingir um nível de perfeição total. Mas partilham uma grande dose de características semelhantes, a tal ponto que consideramos iguais.
Sabendo que nas pessoas essa partilha de características semelhantes é menor que no exemplo dado, até que ponto somos iguais, i.e. a partir de que ponto podemos considerar duas pessoas como iguas, tal como fazemos nos pacotes? Onde é que definimos a linha?
Preciosismo da minha parte, digo eu.
:)
Spritof - Quanto aos pacotes de bolachas não posso discorrer porque possuo um conjunto de informação relativamente limitado, mas já de nós seres humanos posso te dizer que resultamos da conjugação do nosso genótipo com as condições ambientais a que estamos sujeitos, o que se traduz no nosso fenótipo, e que até dois gémeos idênticos por nunca serem exposto a condições exactamente iguais, o são entre si....
E toda esta teoria para te dizer, que isso de se ser igual é uma farsa... é que se nem as bolachas o são como poderíamos nós sê-lo....
isso tudo é provocado pela pequenez do "ver" das pessoas!
vêem as coisas como várias partes, uma de cada vez, e não como um todo! é esse todo que nos torna únicos!
Não entendo muito bem onde querem vocês chegar, acho que estão a dizer o mesmo.
Mas há alguém que ache que há 2 pessoas iguais?
"Sou igual a mim própria, porque apenas em mim existem todas as características que me transformam em quem sou..."
Só é válido num momento infinitamente pequeno.
Podemos partir da parte física que está a mudar constantemente até ao nosso pensamento que também vai mudando até ao infinitamente pequeno que é o facto células estarem a morrer a cada momento e outras a nascer e por aí fora ...
O conceito de "igual" não é nada simples.
Vício - Único e diferentes.... ainda que não necessariamente indeferentes... ;)
Paulo - Sim ainda há muitos que usam, de uma forma qb descuidada, o ser-se igual a X ou a Y.... esquecendo que apenas somos iguais, ou melhor semelhantes, em algumas partes do todo que nos constitui...
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