"Aqui sentada a beira rio, penso em todas as coisinhas que não fui acumulando ao longo do tempo, e principalmente na tendência que a grande maioria de nós tem de se agarrar às coisas como substítutas das outras "coisas" que vão perdendo ao longo do tempo.
Pessoalmente, não compreendo a necessidade de inventar recuerdos de acontecimentos e consequentemente guardá-los como se de obras de arte se tratassem.... Afinal para que serve a nossa memória? Será por guardar aquele copinho de gelado do verão passado na excelente companhia dos nossos amigos que eles nos vão ficar mais próximos? Preciso mesmo de gastar pequenas fortunas em recuerdos característicos do locais por onde viajo, para recordar o quanto foi fantástico lá passar? Existe algum segredo mágico nos imans coleccionados numa qualquer porta de frigorifico?
Invariavelmente acho que as pessoas me devem considerar uma forreta por não as encher de tralha quando regresso de uma lado qualquer, e ao invés disso lhes oferecer um simples postal com aquela paisagem que me cortou a respiração e que gostava de ter partilhado também com elas....
Existe, no mundo da tralha, um termo que gosto particularmente - emotional clutter - a tralha que guardamos pelas emoções que pensamos que vamos perder se a enviarmos, a tralha, em direcção a um qualquer ecoponto....
Cá eu prefiro guardar as emoções e me livrar da tralha... mas hei ninguém é perfeito....."
Pessoalmente, não compreendo a necessidade de inventar recuerdos de acontecimentos e consequentemente guardá-los como se de obras de arte se tratassem.... Afinal para que serve a nossa memória? Será por guardar aquele copinho de gelado do verão passado na excelente companhia dos nossos amigos que eles nos vão ficar mais próximos? Preciso mesmo de gastar pequenas fortunas em recuerdos característicos do locais por onde viajo, para recordar o quanto foi fantástico lá passar? Existe algum segredo mágico nos imans coleccionados numa qualquer porta de frigorifico?
Invariavelmente acho que as pessoas me devem considerar uma forreta por não as encher de tralha quando regresso de uma lado qualquer, e ao invés disso lhes oferecer um simples postal com aquela paisagem que me cortou a respiração e que gostava de ter partilhado também com elas....
Existe, no mundo da tralha, um termo que gosto particularmente - emotional clutter - a tralha que guardamos pelas emoções que pensamos que vamos perder se a enviarmos, a tralha, em direcção a um qualquer ecoponto....
Cá eu prefiro guardar as emoções e me livrar da tralha... mas hei ninguém é perfeito....."
13 de Março de 2008
4 comentários:
mais prático ainda é mandar uma foto por mail como prenda...
Interessante.
Também não sou muito de guardar lembranças de viagens, excepção feita a algo que me tenha atraído particularmente. E odeio aquelas lojinhas de turismo...
Quanto a outro tipo de lembranças, por vezes guardo qualquer coisa, mas só algumas resistem ao passar dos tempos.
Julgo que o cérebro humano funciona por "gatilhos", e essas memórias são muitas vezes despoletadas por lembranças que temos de um dado momento ou evento. E ao olharmos para essas lembranças vêem-nos à memória todas as situações e sentimentos que lhes estão directa ou indirectamente associadas.
Pode ser um postal, porque não?
Quanto a ofertas de viagens, sou um tanto forreta também... ...porque penso, se não estiveram aqui, que adianta oferecer o boneco tipico da coisa? Não lhes vai fazer sentir nada!
É isso, nada melhor que uma fotografia personalizada, ou um postal, e uma carta com algumas descrições daquele momento. Tem muito mais significado!
:)
Vicio - Mas também há momentos em que ser-se demasiado prático, faz com que se perca o encanto em algumas coisas... Quem é como quem diz, eu gosto de postais... ;)
Spritof - Talvez isso seja o problema pessoal meu, é que depois por não acha utilidade nenhum àquela tralha a vontade que tenho é de a por no lixo... e então porque gastar o dinheiro... Prefiro guardá-lo para outras viagens... :)
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