quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Plenitude...

Aqui sentada enquanto os ponteiros do relógio parecem se movimentar ao ritmo de uma melodia que parece ter um andamento demasiado incerto, dou por mim a pensar nessa infrutífera procura em que vagueamos eternamente....
A necessidade de uma plenutide que não sabemos do que é feita torna-se num vicío tão estimulante que nem sequer ousamos nos dedicar a descobrir a sua verdadeira essência...
Na vida, a felicidade assume-se como o invariável desejo que nos vai consumindo, e enquanto o desejo nos consome vamos perdendo a capacidade de saborear os pequenos grandes milagres que o universo conspira....
Dizem que o sonho comanda a vida, mas por vezes, por infímos instantes, questiono-me sobre o que será da vida como a conhecemos quando os sonhos se esfumarem numa pseudo-felicidade plena de satisfação, uma pseudo-felicidade destruida por mais um desvaneio sonhado, por mais um desejo ambicionado....
E naquele momento em que o meu coração perdeu a eterna luta com a minha mente, desejo ser eu a comandar a minha vida, impondo-me aos meus sonhos...
Será que nesse momento serei plenamente feliz?
Perco-me nos meandros do egoísmo puro e duro, quando da minha alma envenenada pela sinceridade, não consigo fingir a felicidade de me perder nos braços de alguém enquanto o meu olhar se perde no horizonte que amo...
Presa a esta insatisfação que me vai corrompendo, é a vontade de não de deixar perder em uma qualquer escuridão, que me mantem á superficíe deste oceano de sonhos...
Porque não me sinto capaz de por muito mais tempo sobreviver ao sofrimento e á dor dos outros, optei por viver a minha vida com a incerteza do amanhã e a nostalgia do ontem como os mais preciosos tesouros que a minha alma pode guardar...
E quando os sonhos parecem embalar a minha alma ao ritmo dos ponteiros do relógio, o meu coração recupera o folego para voltar a travar a sua eterna luta por uma plenitude de pequenos grandes momentos...

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