terça-feira, 30 de setembro de 2008

(In)Dependente...

Ao longo da vida vamos procurando a nossa liberdade, que muitas vezes conquistamos através da nossa independência....
Mas afinal até que posso é que vivemos fora da esfera de influência daqueles que nos rodeiam?
Se essa coisa a que chamam de independência se pode encontrar a diversos níveis, em que momento é que poderemos dizer que somos efectivamente independentes?
Por estes dias decidi me aventurar no meu sonho, o que implica não apenas uma dedicação traduzida em muito menos tempo livre, mas também num conjunto de custos monetários... e porque me sinto já crescidinha suficiente não recorri à solução para muito mais óbvia para tornar esses custos menos problemáticos... Pessoalmente considero uma atitude perfeitamente normal, mas é curioso a forma como sou olhada estranhamente por ter decidido que não quero depender de outros....
Será que somos independentes apenas porque o queremos ser?
Claro que sei a minha independência é limitada, mas ainda assim não deixa de existir... e porque aprendi que as coisas que conquisto têm um sabor muito mais apetecível que as que me são oferecidas, pretendo continuar a lutar pela minha independência, que ainda que não sendo completa, se vai completando...

7 comentários:

spritof disse...

tornamo-nos independentes dependentes, ou dependentes independentes?...

TM disse...

Pois não sei ao certo, mas acho que a segunda opção é mais interessante...

Paulo Lontro disse...

De facto as fronteiras não são muito claras. Nos nossos dias tende-se a fazer a fronteira apenas no factor financeiro, a pensar que é apenas o dinheiro que marca a fronteira. Será assim?
Eu vivi na Dinamarca onde dá a ideia que os miúdos ficam independentes muito cedo e vivi em Itália onde dá a ideia que se fica independente muito tarde. No primeiro caso há dinheiro do estado para que se saia cedo de casa mas não há independência de afectos, no segundo vive-se em casa dos pais até muito tarde (acima dos 30 e, média) mas há muito cedo uma independência de vontades.
A independência ganha-se quando se obtém o respeito dos pais perante as nossas opções de vida, não penso que o lugar onde se dorme seja importante para a definição. Não nego que poder sair de casa dá conforto, disponibilidade dá liberdade mas a verdadeira independência está na capacidade de definirmos o nosso caminho e de sermos responsáveis pelas consequenciais dos nosso actos, os únicos responsáveis.

najla disse...

Há muito tipos de independencia.
Devo referir que furei todas as expectativas dos meus progenitores em muitos sentidos.
E com isso, apesar de remar contra a maré muitas vezes, consegui.
É complicado para quem nos rodeia, e nos tenta influenciar, manipular, condicionar...quebrar as amarras!
Fui ao longo dos anos conquistando independencias...primeiro a de opiniao ou expressão (sem me conseguirem influenciar) e por ultima, a economica - e entre estas, muitas outras.
Claro que há independencias tão entranhadas, que nós nem nos apercebemos delas....e por vezes quando há uma quebra, sentimo-nos!
E gorei as expectativas muito cedo e algumas ainda foram tarde, dependendo do ponto de vista!

TM disse...

Paulo - Pessoalmente acho que a independência resulta de um conjunto de variáveis, em que a monetária tem a sua importância, mas os afectos também...
Mas isso é apenas a minha opinião...

TM disse...

Najla - Sim é verdade que não podemos esperar que a nossa independência seja consquistada de um momento para o outro... Mas o facto de irmos conquistando partes dela possibilita que a tenhamos cada vez mais como uma realidade... e isso é muito bom...

Paulo Lontro disse...

tm, e parece que tamém é a minha opinião por isso dei dois exemplos onde num o dinheiro tem mais peso e noutro o afecto tem mais peso.
Como nos dois lados nao há aquilibrio entre estes dois aspectos eu acho que funciona mal nos dois paises.
Nós estamos muito melhor nesta e em muitas outras coisas e na maioria dos casos só sabemos quando temos a oportunidade de viver outras experiencias e outras culturas.