terça-feira, 30 de setembro de 2008

Birras.......

Se existe algo que me faz prurido cognitivo e simultaneamente tem a capacidade de me irritar é ver uma criança a fazer uma birra...
Felizmente posso agradecer ao meus pais o facto de ter tido uma educação em que a palavra birra não entrava no vocabulário, e talvez por isso fico tão estupfacta quando vejo uma criança a usar tal estratégia para manipular os que a rodeiam...
Pessoalmente quando uma dessas pessoas mais pequenas decide por em prática tal plano, a minha atitude de indiferença perante tal espectáculo tendencialmente deixa as criancinhas que a experimentam qb frustradas, o que mais cedo ou mais tarde as leva a desistir... E talvez por isso fico digamos que irritada quando vejo os adultos a ceder a esses espectáculos... Não estarão eles a incentivar essas atitudes?
Continuarão estas crianças a agir de tal forma perante as contrariedades da vida quando crescerem?
A verdade é que nunca experimentei tal estratégia, e algo me diz que já passei do prazo para decidir agora berrar, chorar e espernear até que alguém venha satisfazer as minhas vontades... Sim porque não me parece que fazer birra me resolva os problemas....
Ora seria por espernear que iria poder dormir quando estou cansada mas tenho que ir trabalhar?
Ou seria por berrar que poderia ir viajar quando nem sequer tenho férias?
E será que chorando vou resolver os meus problemas?

(In)Dependente...

Ao longo da vida vamos procurando a nossa liberdade, que muitas vezes conquistamos através da nossa independência....
Mas afinal até que posso é que vivemos fora da esfera de influência daqueles que nos rodeiam?
Se essa coisa a que chamam de independência se pode encontrar a diversos níveis, em que momento é que poderemos dizer que somos efectivamente independentes?
Por estes dias decidi me aventurar no meu sonho, o que implica não apenas uma dedicação traduzida em muito menos tempo livre, mas também num conjunto de custos monetários... e porque me sinto já crescidinha suficiente não recorri à solução para muito mais óbvia para tornar esses custos menos problemáticos... Pessoalmente considero uma atitude perfeitamente normal, mas é curioso a forma como sou olhada estranhamente por ter decidido que não quero depender de outros....
Será que somos independentes apenas porque o queremos ser?
Claro que sei a minha independência é limitada, mas ainda assim não deixa de existir... e porque aprendi que as coisas que conquisto têm um sabor muito mais apetecível que as que me são oferecidas, pretendo continuar a lutar pela minha independência, que ainda que não sendo completa, se vai completando...

Perguntas....

O pior cego quem é? Será que por não se querer ver se deixa efectivamente de ver?
Como é possível se ignorar aquilo que os nossos olhos nos mostram?

Tralha...

"Aqui sentada a beira rio, penso em todas as coisinhas que não fui acumulando ao longo do tempo, e principalmente na tendência que a grande maioria de nós tem de se agarrar às coisas como substítutas das outras "coisas" que vão perdendo ao longo do tempo.
Pessoalmente, não compreendo a necessidade de inventar recuerdos de acontecimentos e consequentemente guardá-los como se de obras de arte se tratassem.... Afinal para que serve a nossa memória? Será por guardar aquele copinho de gelado do verão passado na excelente companhia dos nossos amigos que eles nos vão ficar mais próximos? Preciso mesmo de gastar pequenas fortunas em recuerdos característicos do locais por onde viajo, para recordar o quanto foi fantástico lá passar? Existe algum segredo mágico nos imans coleccionados numa qualquer porta de frigorifico?
Invariavelmente acho que as pessoas me devem considerar uma forreta por não as encher de tralha quando regresso de uma lado qualquer, e ao invés disso lhes oferecer um simples postal com aquela paisagem que me cortou a respiração e que gostava de ter partilhado também com elas....
Existe, no mundo da tralha, um termo que gosto particularmente - emotional clutter - a tralha que guardamos pelas emoções que pensamos que vamos perder se a enviarmos, a tralha, em direcção a um qualquer ecoponto....
Cá eu prefiro guardar as emoções e me livrar da tralha... mas hei ninguém é perfeito....."
13 de Março de 2008

Perguntas...

Em que momento algo que nos dá prazer se pode transformar num vicio?
Será que os vicios existem ou somos nós que os fazemos existir?

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Sinais do fumo...

"Após este tão recente boom em que parecia que o facto de existirem fumadores era uma novidade, e por consequência nos depararmos com alguém a fumar num local público era motivo para chocar um qualquer cidadão mais susceptível, uma leitura de um artigo fez-me pensar no que afinal mudou....
Pessoalmente não fumo, nunca fumei e não faço intenções de experimentar, mas também já há muito que deixei de tentar perceber porque ainda tantas pessoas o experimentam, apesar de o descreverem como tão desagradável, e ainda porque continuam a fumar se é sobejamente conhecido tudo aquilo que poderá acontecer...
"Importas-te que nos sentemos lá fora? É que aqui não posso fumar..." E depois quando eu respondo que não me importo, fica-se com a noção errada que eu estou preocupada com o facto de sua excelência o fumador precisar de satisfazer o seu vicio.
Desenganem-se, porque se me sento lá fora é porque me é indiferente, ou porque não está frio ou seja lá o que for. Afinal porque tenho eu que me preocupar com isso? É que existe uma longa distância entre uma convivência pacifica com os fumadores que decidiram se embrenhar nesse seu vicio e eu achar importante a satisfação do mesmo!!!!
E neste pós boom, em que pouco ou nada mudou, e tendo eu desde há muito desistido de lutar contra aquilo que acho uma demonstração de falta de inteligência (perdoem-me os fumadores mais sensíveis, mas é um facto), não posso deixar de achar maravilhosamente sarcástico o conselho: Se quiser deixar de fumar tenha um enfarte!, pois como dizia no artigo "A maneira mais eficar para deixar de fumar é ter um enfarte. As pessoas ficam com tanto medo de morrer que mais de 80% nunca mais fumam"......
Depois disto é mesmo preciso dizer mais????"

5 de Abril de 2008

Just a little respect...

Enquanto eu ía crescendo ensinaram-me que devia de respeitar o mais velhos, e ao mesmo tempo que me fazia eu ia pensado em porque o devia fazer, porque eles mereciam o respeito, ou porque eram mais velhos?
Hoje vejo o respeito com uma demonstração da nossa capacidade de viver em sociedade, que demonstra que os nossos olhos estão disposto a ver que ainda que sendo todos diferentes partilhamos os mesmos direitos e deveres....
E assim, considero que o respeito é um bem que devo partilhar não pela idade da outra pessoa, porque qualquer criança o merece da mesma forma que uma pessoa de idade maior...
Não são os velhos que merecem respeito, são as pessoas (para não falar de todos os outros seres vivos...), e porque todos somos pessoas, deveremos respeitar todos...
A verdade é que digo isto porque ao longos dos anos, a forma infeliz como algumas pessoas de idade maior foram agindo, fez-me questionar o respeito que lhe era devido...
É que da mesma forma que o respeito não tem idades, não deverá ter apenas um sentido.... No mesmo momento em que eu devo respeitar todos os outros, desejo que eles me respeitem a mim....

Palavras ingénuas... e mentes perversas....

"Todos nos comemos a todos."
in aula de Zoologia

domingo, 28 de setembro de 2008

Diferenças entre iguais....

Neste mundo em que o bem mais precioso que possuímos é a nossa unicidade, questiono-me como será possível as pessoas nos considerarem com iguais, e mais, em que momento ser-se igual a alguém é possível...
Já por diversas vezes me consideraram com igual a outras pessoas, mas ainda assim aos meus olhos todas as semelhanças encontradas me parecem insuficientes para que eu seja igual a seja quem for...
Será por partilhar um conjunto de características fisicas que me torno igual a outra pessoa?
Ou será por pensar de forma semelhanta a outra pessoa que serei igual a essa mesma pessoa?
Em que momento podem ser apenas consideradas um conjunto de características para que invocar algo que não é verdadeiro... Não sou, nem pretendo ser igual a ninguém, expecto a mim própria...
Não sou igual à L. porque alguém disse que somos quase gémeas...
Não sou igual ao V. porque penso de forma semelhante...
Não sou igual ao G. porque partilhamos um sonho...
Não sou igual à S. porque temos a mesma profissão...
Sou igual a mim própria, porque apenas em mim existem todas as características que me transformam em quem sou...
Ou não seria este nosso um tédio se fossemos todos iguais... ou não fossem as nossas diferenças a tornar a nossa convivência um desafio interessante e estimulante....

Perguntas...

Um dia alguém me disse que a melhor forma de não se ficar desiludido é não esperando nada... Mas em que momento é que poderemos dizer concretamente que não temos expectativas?
Será efectivamente possível ficar à espera sem esperar nada?

sábado, 27 de setembro de 2008

Sexo forte..

"Prontos, eu sei que não sou a mais brilhante das mentes que por aí andam mas há coisas que realmente por mais que me esforce não consigo que caia a moedinha....
Vocês, homens, tem um especial prazer em desfilar por uma qualquer passerelle a vossa socialmente aceite imensa força, que vos granjeou ao longos dos séculos o vosso adorado apelido de sexo forte, mas em que é que cada um de vós realmente contribuiu para adquirirem esse titulo.....????
Não é um cenário raro ver-vos a se esmifrarem num ginásio para impressionar as mocinhas ao levantarem aqueles imensos halteres que vos conferem aquela aura de invencível que procuram, mas qual é a dificuldade, em algures entre os ziliões de pedidos das mulheres que vos rodeiam, em substituir o levantamento de halteres pelo levantamento do tampo na sanita? (Esquecendo convenientemente o processo inverso, e não é o de baixarem os halteres, mas sim o de baixar o anteriormente mencionado.....)
Amigos, querem que vos levemos realmente a sério, mas como acham que o conseguiremos fazer se suas excelências acreditam piamente que se encontram às portas da morte porque deram um espirro e estão possivelmente, atenção possivelmente!!!!, com uma gripezita.....
E depois cumúlo dos cumúlos, adoram exibir a sua muy nobre descendência, enquanto herdeiros do adquirido de nascença título de pertencentes ao sexo forte, mas nem face à personificação da vossa suprassuma fantasia conseguem honrar o título e simplesmente despencam do alto da vossa valentia à mera visão de uma agulha microscópica.....
Então expliquem-me lá quem é o sexo forte..... porque isso de levantar algumas toneladas diz assim tanto ou deixa-vos sem fala?"
16 de Março de 2008

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Importante....

Ele... até parece que sou importante...
Eu... e és
no teu mundo és a pessoa mais importante
Ele... não concordo
Eu... porque não?
se tu não existisses, o teu mundo existiria?
Ele... não

.........

e daqui cada um tirará as suas conclusões....

If i had eyes...

If I had eyes in the back of my head
I would have told you that
You looked good
As I walked away
If you could've tried to trust the hand that fed
You would've never been hungry
But you never really be
The more of this or less of this or is there any difference
or are we just holding onto the things we don't have anymore
Sometimes time doesn't heal
No not at all
Just stand still
While we fall
In or out of love again I doubt I'm gonna win you back
When you got eyes like that
It won't let me inAlways looking out
Lot of people spend their time just floating
We were victims together but lonely
You got hungry eyes that just can't look forward
Can't give them enough but we just can't start over
Building with bent nails we'refalling but holding, I don't wanna take up anymore of your time
Time time time
Sometimes time doesn't heal
No not all
Just stand still
While we fall
In or out of love again I doubt I'm gonna win you back
When you got eyes like that
It won't let me in
Always looking out
Always lookin

As mulheres e os dotes culinários...

"Por algum motivo que eu até ao momento ainda não consegui completamente descortinar é suposto que as mulheres possuam um vasto conjunto de dotes culinários, o que supostamente funcionará a favor das mesmas na conquista de um futuro promissor, obviamente na companhia de um moçoilo também ele promissor....
Sendo eu aquilo que se poderá apelidar de um desastre culinário, especialmente no que à confecção de doçaria diz respeito, interrogo-me qual será realmente a vantagem de se possuir esse tal conjunto de dotes....
Claro que sei fritar um bife e estrelar um ovo, mas em que momento é que eu deveria me preocupar em adicionar mais algumas iguarias à minha escassa lista?
Não pretendo de forma alguma recriminar aquelas pessoas, nas quais também se incluem alguns elementos do sexo masculino, que retiram da culinária um prazer que os deixa quicá enebriados pela actividade que desenvolvem....
No meu caso, confesso que na cozinha a minha posição preferida é aquela que implica ficar sentada e deliciar-me com a iguaria que qualquer outro sobredotado se dedicou a cozinhar, ou invés de atrás do fogão onde o calor que se faz sentir não é assim tão agradável, mas será por isso que serei menos mulher?
Desde os primórdios da existência do ser humano que é suposto ser a mulher a cozinhar as iguarias que depois o casal alegremente vai comer....
Sendo os meus dotes culinários bastantes restritos questiono-me sobre qual será o papel que desempenharei nesse tão pré-definido conjunto de actividade desenvolvidas por um casal? Será que a minha procura pelo principe desencantado deverá começar pelas cozinhas dos restaurantes gourmet espalhados por aí?"

30 de Abril de 2008

Perguntas...

Em que momento é que o facto de gostarmos de nós, e nos vermos como fundamentais para a nossa própria felicidade, nos impede de querermos partilhar essa mesma felicidade?
Será que por gostar de mim não poderei amar alguém?

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Insatisfação...

Durante quanto tempo consegue a satisfação de uma vontade nos deixar satisfeitos?
Terei eu, necessariamente, que ficar satisfeita por ter algo que desejava?

Os homens e a inteligência....

"Muito já foi dito sobre os fabulásticos elementos do sexo feminino e a sua inteligência, ou em alguns caso a falta dela....
Fala-se por aí das mulheres belas e ocas, mas quantos de nós, e mais importante ainda, quantas de nós, já nos questionámos sobre o que é isso de ser-se homem e ser-se simultaneamente inteligente....
É um facto que nós mulheres somos muito diferentes dos homens, mas se até consigo relevar o facto de uma mulher ser estupidamente linda e ao mesmo tempo estupidamente burra, quando aos homens diz respeito a beleza não me parece ser atributo suficiente para despertar os meus níveis de interesse....
Ouvi há uns dias destes uma teoria qb interessante sobre os homens e as suas capacidades de engate, e segundo interlocutor com quem conversava as mâezinhas dos meninos deviam dizer-lhe de novinhos: "Olha meu filho tu até és bonitinho e tal por isso não precisas de falar para te safar" ou então "Sabes meu filho quando a beleza foi distribuida não sobrou muito para ti por isso é melhor que tenhas alguma conversa se queres arranjar mulher"...... Assim os meninos iriam ter tempo para descobrir como singrar na vida no que ao mulherio diz respeito...
Mas a verdade é que se esta teoria tem algum fundamento, na verdade não é assim tão infalível....
Pessoalmente não posso negar que um homem bonito tem em mim aquele maravilhoso efeito hormonal que me faz viajar por conjecturas muito interessantes, mas será que existe algo mais horrível que um homem que é como eu costumo dizer é "bom todos os dias, fins-de-semana, feriado e dias santos" mas que quando se propõe a conversar não consegue articular mais que uma meia dúzia de palavras ocas e sem interessente....
Quando alguém se lembrou de criar o homem e a mulher obviamente se deve ter divertido imenso na decisão de quais características atribuir a cada um deles, mas no fundo as diferençãs são tão elementares que acho que só pode ter sido um homem a fazê-lo....
Nós mulheres pensamos muito, somos mais complexas e às vezes até mesmo demasiado complicadas, mas já os homens são tão simples que até chega a ser caricata tamanha simplicidade.... Sim, porque eles dão a entender que basta-nos a nós mulheres sermos ou belas ou inteligentes.... O que a mim me parece notoriamente insuficiente...
Desde há uns tempos que descobri que prefiro um homem inteligente com que possa passar umas belas horas a conversar, numa troca mutua a galhardetes, numa batalha em que nenhum pretende vencer mas apenas aprecia o prazer de a disputar....
Diz quem me conhece que se um dia encontrar um homem com que me encante ele terá necessariamente que ser inteligente, eu prefiro dizer que gosto de homens intelectualmente estimulantes... hei e já agora se puderem ser bonitos também seria bem pensado......"

30 Abril de 2008

Letra e música....

Tal como já o disse anteriormente para mim as músicas que oiço são muito mais que uma simples melodia... Pessoalmente vejo as músicas como uma forma de dizer algo, e uma forma particularmente doce de o fazer, e tendencialmente com um conjunto de sentimentos fortes por detrás....
Assim quando gosto de uma música invariavelmente isso acontece porque no mesmo momento em que me deixo levar pela sua sonoridade, perco-me nas palavras que alguém escolheu para dizer aquilo que a sua alma não conseguia mais esconder....
Também é verdade que por adorar dançar me consigo perder num mundos de ritmos, mas aí não existe uma mensagem de tamanha intensidade, e as palavras são mera distração,porque a mensagem é para um corpo e não de uma alma...
Mas no fundo não sei ouvir apenas aquilo que alguém construiu com instrumentos musicas, porque sei que o mais importante deles é a voz que nos faz viajar num momento, numa história, num sentimento....

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Insónia...

"Por algum motivo que eu ainda não consegui completamente descortinar sou, desde que me lembro, vitima daquela flagelo das noites mal dormidas que são as insónias....
A verdade é que já deixei de me preocupar com essa situação e aprendi a conviver com essas horas fora de horas em que apenas o sono parece ser um convidade indesejado....
Ainda no outro dia ia a conduzir e ouvi uma das locutoras de rádio a questionar-nos sobre aquilo que nós fazemos nesses momentos..... achei curioso, porque por momentos parecia que se ia descobrir uma cura milagrosa para as minhas noite mal dormidas.... o que não verdade não passa de uma ilusão....as insónias são algo com o que temos de aprender a viver.....
Sim, é claro que eu podia dissertar sobre um sem número de activdade, mais ou menos interessantes, com as quais é possível ocupar essa aparente eternidade, mas como todos nós somos diferentes isso perde todo o seu sentido...
Contudo não posso deixar de deixar a dica.... elas existem, mais ou menos frequentes, e o melhor que podemos fazer com elas a aproveitar o tempo com algo que nos dê prazer, sim, porque isso de tentar descobrir a sua solução é uma perda de tempo, quase tanto como perdemos de sono e descanso.........
E logo hoje que elas não me vieram fazer companhia eu não posso ceder à doce tentação do sono......."
2 de Abril de 2008

Sonhar...

"Vôcê vê as coisas e pergunta porquê?
Mas eu sonho com coisas que jamais existiram e me pergunto: porque não?"
G.B.S.

Um brinquedo para a Princesa....

O tempo passa, e a minha pequena princesa está quase a completar o seu primeiro aniversário, logo senão quando aqui a tia decidiu fazer uma visita a Toys'r'us...
Claro que me perdi no meio daquela quantidade imensa de bonecada e afins.... e de repente fiz uma viagem aqueles momentos em que também eu era pequenina.....
Escusado será dizer que no meu tempo não havia aquela imensidão de brinquedos, mas tenho memórias fantásticas das horas em que me perdia a inventar mundos e brincadeira.....
Mas porque, ainda que nos últimos dias as pessoas me vejam já no mundo dos crescidos, também os meus olhos brilharam e se perderem naquela bonecada toda, lá cedi (se qualquer dificuldade) e fui para a caixa com os braços cheios e com um sorriso....
Afinal a minha Princesa é a MINHA Princesa, e ainda que demasiado longe, está sempre no meu coração....

Crónicas de uma estudante...

Hoje descobri que estou a ficar velha...
Hoje descobri que o mundo muda imenso em pouco tempo....
Hoje descobri que o meu Alzheimer anda a fazer das suas...
....
E por estes dias vou-me lembrando o quanto odeio me levantar cedo...

terça-feira, 23 de setembro de 2008

The Story...

All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you

I climbed across the mountain tops
Swam all across the ocean blue
I crossed all the lines and I broke all the rules
But baby I broke them all for you
Because even when I was flat broke
You made me feel like a million bucks
Yeah you do and I was made for you

You see the smile that's on my mouth
Is hiding the words that don't come out
And all of my friends who think that I'm blessed
They don't know my head is a mess
No, they don't know who I really am
And they don't know what I've been through like you do
And I was made for you...

All of these lines across my face
Tell you the story of who I am
So many stories of where I've been
And how I got to where I am
But these stories don't mean anything
When you've got no one to tell them to
It's true...I was made for you

Perguntas...

Afinal como é que tantas mulheres podem afirmar que não sentem desejo? Que não lhe faz falta o prazer???

Palavras sábias...

""Durante um debate numa universidade dos Estados Unidos o actual Ministro da Educação CRISTOVAM BUARQUE foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazónia (ideia que surge com alguma insistência nalguns sectores da sociedade americana e que muito incomoda os brasileiros).Um jovem americano fez a pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um Brasileiro. Esta foi a resposta de Cristovam Buarque :De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazónia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse património, ele é nosso.Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazónia, posso imaginar a sua internacionalização, como também a de tudo o mais que tem importância para a humanidade.Se a Amazónia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro... O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazónia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extracção de petróleo e subir ou não seu preço.Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazónia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono ou de um país.Queimar a Amazónia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.Antes mesmo da Amazónia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo génio humano. Não se pode deixar esse património cultural, como o património natural Amazónico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.Não faz muito tempo, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milénio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA.Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.Se os EUA querem internacionalizar a Amazónia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos também todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.Nos seus debates, os actuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida.Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como património que merece cuidados do mundo inteiro.Ainda mais do que merece a Amazónia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um património da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazónia seja nossa.Só nossa!"
(Será que não demasiadas vezes não perdemos a noção de tudo o que nos rodeia porque apenas conseguimos ver uma perspectiva das coisa?.......)"
28 de Março de 2008

Animais...

Neste momento em que a violência nos entre pelos olhos todos dias, com demasiada naturalidade, questiono-me como é que ser-se animal tornou-se tão natural no ser humano....

O sexo e o amor....

Algures no meio de uma pseudo conversa qb interessante, dei por mim nessa tão estranha relação entre o sexo e o amor....
Por experiência sei que existe algo até transcente no momento em que dois corpos se entregam ao sentimento que as suas almas partilham, mas sei igualmente que dois corpos podem partilhar experiências e sensações fantásticas, ainda que não haja amor...
Então, sendo entidades tão diferentes é até contraditória a forma como podem se completar....
Neste universo que é o das relações é bastante curioso ver como podem interagir os corpos, mas mais ainda as almas....
Pessoalmente não tenho qualquer prurido em admitir que não sou assexuada, que o meu corpo também é feito de vontades, e que em muitas situações essas vontades não dependem daquilo que vai na minha alma...
Na verdade, o amor parece não sobreviver sem o sexo, mas o sexo move-se num mundo moderadamente distinto e tem em si a possibilidade de ir sobrevivendo sem o amor...
E ainda que sabendo que ambos encerram em si sensações dispares, não posso negar o prazer que ambos podem proporcionar....

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Perguntas...

Será que poderemos ficar completos com algo menos que aquilo que desejamos para nós?

A Bela e o senão...

"Numa sociedade em que o culto da beleza se transformou num dos vectores que mais força parece ter para mover qualquer ser humano sinto-me surpreendentemente satisfeita por me sentir menos bela.....
Sim, porque preenchem páginas e páginas de incontáveis publicações essas tão pouco verdadeiras bonecas de porcelana que tal como as suas homónimas são demasiado ocas para serem tomadas por minimamente interessantes.....
Na verdade não posso criticar a perseguição do belo, pois é tão notório o seu impacto na nossa vida que seria demasiada estupidez tentar ignorar tal factor da existência do ser humano, mas aquilo que realmente me deixa qb desiludida é a falta de tentativas de preencher esses tão glamourosos bonecos com algum conteúdo que os torne em algo verdadeiramente interessante....
Será possivelmente uma utopia imaginar que caminhe por ai algum boneco de tal espécie, em que para além da imagem que cativa o nosso olhar exista o conteúdo que convença e desafie a mente mais enigmática....
Então ser-se perfeitamente imperfeito é algo imensamente mais cativante e mais INTERESSANTE......"

16 de Abril de 2008

domingo, 21 de setembro de 2008

Underwear...

Será que alguém me explica quem foi que teve a brilhante ideia que é giro usar um soutien preto e uma t-shirt branca????

Crónicas de um corpo...

Nem sempre o olhar-se a um espelho constitui um exercico que seja considerado agradável, e estando consciente dessa pseudo dificuldade, questiono-me no que terá efectivamente que mudar para tornar esse exercicio mais agradável, será o corpo ou serão os olhos que o veem o espelho?
Nesta sociedade em que o culto do corpo é tão irrisoriamente mandatório, não será uma perseguição irreal, a que procura atingir um corpo perfeito?
Pessoalmente sinto-me qb satisfeita com o meu corpo, mas tenho a visão realista que ele não é, nem nunca será, perfeito... Mas principalmente aprendi a conhecer aquilo que faz parte de mim, pois sei que se é no meu corpo que vivo, é nele que preciso de me sentir bem....
Efectivamente não compreendo o cultivo do corpo perfeito, porque na realidade, que de vale perseguir algo que nem sequer existe?
E será que cuidamos de nós por nós, ou pelos outros?
Claro que compreendo a necessidade de nos sentirmos bem com aquilo que somos, mas não será mais sensato procurar esse bem estar em algum lado que não o nosso corpo?

Por quanto tempo?


Oh tempo suspende o teu voo!!

De acordo, disse o tempo.
Mas por quanto tempo?

Falar vs Ouvir...

"Hoje simplesmente dei por mim a pensar nestas duas tão essenciais actividades que nos permitem a tão vital interacção social....
Pessoalmente, de longe posso afirmar que prefiro ouvir que falar. Existe em mim uma falha do software que me torna muito mais apta a ouvir que a falar, principalmente se for de mim... Até porque prefiro não correr o risco de entediar as pessoas que tenho em minha frente com eventuais banalidades ou mesmo com alguma espantosa demonstração da minha nem sempre brilhante capacidade de raciocínio, quando posso simplesmente, através da imensamente mais interessante actividade de ouvir, deixar que as pessoas me entreguem as informações que lhes apetecer entregar, e assim as ir conhecendo.
Talvez isto seja para muitos uma expressão de egoísmo e daquele monstro intragável que é a inércia, mas eu encaro esta minha atitude face à vida como algo que me permite conhecer aquilo que me rodeia e com isso aprender pelo menos um pouco mais....
Paralelamente, e provavelmente demonstrando algum contra-senso, descobri algum prazer em traduzir em palavras, note-se escritas!!!!, os pensamentos que tantas vezes vão fervilhando e depois vou libertando neste cantinho.
Apesar disso, ainda no mundo das palavras escritas, não consigo optar entre escrevê-las e lê-las..... Encontrei, desde à muitos anos, na leitura um prazer que me permite viajar num mundo de histórias que não as minhas.... mas ao libertar as coisas que me vão fazendo algum prurido cognitivo o prazer obtido também é deveras interessante....
Assim, sentada nesta esplanada à beira mar, que é o meu mundo, vou sobrevivendo no inverosímel equilibrio entre aquilo que oiço, as poucas palavras que digo e o prazer das palavras escritas e das palavras por escrever.........."
14 de Março de 2008

Perguntas...

Porque será que quanto mais perto estamos, mais longe nos sentimos?

Frases...

"Nothing is permanent in this wicked world, not even our problems."

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Recordações...

Foi numa troca de ideias em que dei a minha opinião sobre esse tão maravilhoso e singularmente especial dom que é a nossa memória que me ficou uma questão....
Sendo a nossa memória um tão infindável local de armazenamento de momentos do passado, qual é o processo que define quais são aqueles que são passíveis de seres lá guardados, e quais são aqueles que não merecem ocupar um espaço nesse local tão especial.....
A verdade é que as recordações do passado são algo tão perfeitamente indomável que é extremamente dificil conseguir definir um momento preciso em que elas deverão reaparecer na nossa vida para se tornarem úteis, mas ainda assim será que apesar de tudo isso elas existem da mesma forma indomável com que nos assaltam, às vezes até nos momentos mais imprevistos e indesejáveis...
O nosso subsconsciente é um universo quase tão infinito e desconhecido como aquele em que nós, pequeninos, vivemos, mas ainda assim algo me diz que é nele que se processa o tal processo de selecção do qual surgem as nossas recordações....
Argumentava o meu interlocutor que não há escolha nas recordações, mas será que não existe mesmo?
Então quem me explica que eu me lembre perfeitamente de andar orgulhosamente ao lado do meu avô na carroça do seu adorado burrito, e não tenho uma única recordação dos meses que ele passou na cama antes de falecer?
Será que essa pessoa me conseguirá também explicar como povoam a minha infância memórias doces e felizes ao invés das lágrimas? Porque é que me lembro do sabor delicioso da fruta acabadinha de apanhar que era comida sentada na arvore e não me lembro de cair da árvore ou sequer das esfoladelas que esse pequeno prazer me trouxe?
Talvez a explicação seja tão simples que se torna desnecessária, mas ainda assim acredito que escolhemos as nossas recordações!!!!
Senão porque me iria lembrar daquele maravilhoso céu azul das quase infinitas caminhadas em Londres e preferir me lembrar do frio quase surreal que se fazia sentir?......
Talvez a nossa memória seja um oceano de memória que preferimos que venha banhar a praia em que nos estendemos ao sol no presente, trazendo consigo a doce maresia das recordações felizes que o nosso subsconciente condescedente preferiu guardar.....
Claro que não sou tão ingénua ao ponto de acreditar que a nossa memória só serve de abrigo a recordações agradáveis e felizes, porque se os momentos menos bons existem é perfeitamente normal que também existem recordações menos doces, mas ainda assim é curioso observar a forma como optamos por guardar os fragmentos da nossa vida em que fomos felizes como que se numa selecção perfeitamente natural na memória que queremos contruir de um passado nem sempre tão feliz como o lembramos....
Sim, há escolha para as recordações, nós só não queremos admitir que a fazemos....

Resiliência...

Num mundo em que tanto se protegem as crianças, é surpreendente como elas nos mostram que conseguem se proteger e que também nos podem proteger a nós....
A S. conquistou o meu coração com o seu olhar sincero.... com as suas perguntas....
E hoje ela faz-me querer ser pequena e tão grande como ela....
A S. perdeu a mãe.... mas a S. não perdeu a vontade de viver....
E neste mundo em que tanto tentamos proteger e ensinar as crianças, espero conseguir aprender a lição que ela me ensinou....
S., pequena grande mulher... obrigado...

Limites...

"Afinal o que é essa coisa dos limites? O quê ou quem é que tem em si o poder de ditar essas fronteiras que ao transpormos estamos a ir para além dos nossos limites...
Os limites são de alguma forma a expressão daquilo que muitos, ou talvez demasiados, consideram que são as nossas fraquezas... Mas será que o admitirmos os nossos limites não é meramente uma expressão da nossa sinceridade...
Neste mundo de pseudo super heróis, admitir os nossos limites não será então uma forma de afirmarmos a nossa humanidade???
E depois existe aquela tão famosa expressão para os momentos em que somos levados ao extremo de nós próprios, as bombásticas situações limite!!!!, aquelas em que transpomos as fronteiras que alguém delineou e vamos para além daquilo que nós próprios julgavamos ser capazes... mas será que essas fronteiras, e consequentemente os nosso limites, realmente existem????
Se somos humanos, e por isso nos vamos adaptando às situações, será que realmente existe esse mito a que chamamos de limites????
Talvez seja uma limitação minha, mas não consigo ver essas fronteiras onde terminam as minhas capacidades, não porque seja ingénua ao ponto de acreditar que elas não existem, mas sim por as saber tão voláteis, tão mutáveis, mas ainda assim tão limitativas........"

18 de Abril de 2008

Tudo...

Ele... gostei de algumas das fotos também...dos enquadramentos.
já pensaste em tirar um curso?
Eu... já... é mais uma vontade adiada....
pergunto-me se terei tempo para viver tudo aquilo que ainda me falta fazer...

Depois do erro...

"No momento em que as boas intenções apenas trouxeram consequências menos desejadas dou por mim a pensar no que é suposto, ou não, fazer depois de um erro....
Neste caminho das coisas menos agradáveis, será que a sinalização existente realmente nos avisa para que possamos evitar o erro? Até que ponto é que conseguimos prever as consequências dos nosso actos?
Lembro-me das palavras pragmáticas que guardei pela sua simplicidade, e ao mesmo tempo pela sua genialidade: "A melhor forma de não quebrar uma promessa é não a fazer.".... Então e para evitar um erro, será que o melhor é não fazer nada?
Diz a célebre frase que erras é humano e perdoar é divino, mas neste nem sempre fácil mundo das relações sociais onde mora o limite da nossa humanidade?
Desde há muito que aprendi a conviver com as minhas imperfeições e consequentemente com a minha incapacidade de agradar a todos e agir da forma mais correcta em todos os momentos...
Na verdade, talvez por demasiada inocência, mas acredito que em muitas, senão em todas as situações, o mais correcto a fazer é admitir o erro, admitir que sou humana, imperfeita e demonstrar o quanto lamento que tenham surgido as consequência menos desejadas...
Ainda assim, e por ter a noção da minha imperfeição, e principalmente porque me doi o desalento que as minhas acções trazem aos outros, gostava de ser um pouco menos imperfeita, não divina, mas quem sabe um pouco menos humana, ao invés de apenas poder ser sincera...
"Errei, lamento....""
26 de Abril de 2008

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Nada...

há bastante tempo...

Eu... o que é que se passa?
Ele... nada
Eu... 99,9% das vezes que dizes nada não é nada, mas tudo bem...
...
se alguma vez quiseres dizer mais que nada, já sabes...

hoje...

Ela... o que se passa?
Eu... nada

..........

Frases...

"Às vezes ainda que sabendo que aquilo que vamos fazer é um erro, temos que o cometer"
......

Mas...

Dizem que o dinheiro não é importante... e nos fundo não o é assim tanto... mas.... lá que a vida é diferente quando não precisamos de pensar nele... lá isso é...

Desinspirada...

(hoje como em tantos outros dias...)

"Hoje apetece-me escrever mas a verdade é que nem sei muito bem sobre o que hei-de o fazer..... sinto-me demasiado preenchida de ideias inacabadas para poder dar forma a qualquer uma delas, ou pelo menos dar-lhes a forma com que as vejo, as ideias....
A verdade é que nem sempre nos transborda a inspiração, mais ou menos brilhante, com que vamos rascunhando na infinita blogosfera, e hoje parece ser mais um desse dias, para mim claro.....
Talvez a culpa seja apenas minha e da insatisfação com que preencho os momentos de desinspiração.... e nem a leitura daqueles textos que me aquece o coração parecem funcionar....
Por falta de algo mais com que destruir o vazio que hoje para se ter instalado, seguro nas mãos mais uma das infinitas canecas de chá com que vou alimentando o vicio de aquecer o corpo na esperança de aquecer a alma, e vou lendo as palavras que os meus dedos constroem numa tentativa de preencher o vazio....
Entre um e outro trago de chá, relembro os textos que fui escrevendo e que me parecem hoje nascidos de outra alma que não a minha, e as palavras ditas em tom de elogio parecem disformes e insensatas.....
Será que as palavras que sentimos valem sempre a pena serem escritas? Ou será que por alguns instantes, mais ou menos breves, deveriamos simplesmente nos render à falta de plenitude que nos esmaga?
Em que momento é que as palavras realmente conseguem demonstrar aquilo que pretendemos, e entre esta e aquela frase conseguimos esculpir a imagem que queremos que os outros vejam?
Porque nem sempre aquilo que escrevemos é algo que desejamos que seja perceptível a todos, e é perfeitamente aceitável que entre esta e aquela palavras teçamos um véu que irá cobrir a verdadeira essência da imagem que apenas desejamos mostrar a algumas pessoas.......
Escrever não deve ser uma obrigação, mas antes sim um prazer que podemos ou não partilhar com quem nos rodeia.......
E neste momento em que o desejo de escrever me parece demasiado insuficiente para me proporcionar o prazer da leitura escolho mergulhar num mar de ideias inacabadas e esperar que a inspiração me traga novamente......... à superficie................."
12 de Abril de 2008

Máscaras...

"Demasiadas vezes percorremos este mundo de fingimentos, envolvidos pela reconfortante protecção das máscaras a que nos acostumámos....
Entre este e aquele momento vamos deixando que os outros nos vejam da forma como eles preferem e a nós se torna imensamente mais fácil ser....
Algures por detrás do estupidamente grande sorriso de palhaço que a nossa máscara ostenta escondemos aquilo que realmente somos....
Mas em que momento em que podemos fazer um intervalo na farsa representada e assumir que apenas somos actores e desempenhar uma personagem que demasiadas vezes em nada se assemelha a que efectivamente somos....
Para os outros é mais fácil permitir que a máscara se vá entranhando em nós, até ao momento em que nós próprios deixamos de saber quem existe para lá da máscara....
Mas e quando algures a meio de um acto a personagem que somos se destrói apenas porque a máscara caiu? A surpresa estampada no rosto de quem nos rodeia é até ridícula... Não sabem eles que todos fingimos, só que nem sempre temos a força para carregar o peso de alguém que não somos nós.....
Com demasiada facilidade os outros esquecem os momentos em que vislumbraram que por detrás da máscara de felicidade também se podem esconder lágrimas... e alegremente continuamos a representar nesta sucessão de fingimentos...."
18 de Março de 2008

Perguntas...

Why do i have to be strong if i don't want to?
...........

Right to be wrong...

I've got a right to be wrong
My mistakes will make me strong
I'm stepping out into the great unknown
I'm feeling wings though
I've never flown
I've got a mind of my own
I'm flesh and blood to the bone
I'm not made of stone
Got a right to be wrong
So just leave me alone

I've got a right to be wrong
I've been held down too long
I've got to break free
So I can finally breathe
I've got a right to be wrong
Got to sing my own song
I might be singing out of key
But it sure feels good to me
Got a right to be wrong
So just leave me alone

You're entitled to your opinion
But it's really my decision
I can't turn back
I'm on a mission
If you care don't you dare blur my vision
Let me be all that I can be
Don't smother me with negativity
Whatever's out there waiting for me
I'm going to faced it willingly

I've got a right to be wrong
My mistakes will make me strong
I'm stepping out into the great unknown
I'm feeling wings though I've never flown
I've got a mind of my own
Flesh and blood to the bone
See, I'm not made of stone
I've got a right to be wrong
So just leave me alone

I've got a right to be wrong
I've been held down to long
I've got to break free
So I can finally breathe
I've got a right to be wrong
Got to sing my own song
I might be singing out of key
But it sure feels good to me
I've got a right to be wrong
So just leave me alone

Há dias assim...

Há dias como hoje... aqueles em que aquilo que esperas volta a não acontecer... aqueles em que o inesperado te bate à porta (ou no carro...) e aumenta exponencialmente a tua frustração...
Há dias como hoje... em que te sentes cansada de seres forte... em que te sentes exausta dos problemas que te rodeiam, para não falar nos teus...
Há dias assim... em que querias estar noutro lugar... noutro mundo....
Mas infelizmente há dias assim... e tu apenas podes esperar pelo dia que amanhã...

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Opções...

""Infelizmente acho que existem demasiadas pessoas que não compreendem a diferença entre se estar com alguém por opção e estar com alguém por falta de opção... sendo que o mesmo também acontece quando se opta por se estar sozinho...."
............
Num mundo em que o que os outros esperam de nós é demasiadas vezes loucamente limitador face a um tão mais vasto horizonte de opções, é realmente curioso sair da nossa perspectiva para vermo-nos a nós próprios através dos olhos dos outros....
Quando nascemos existe um conjunto de caminhos traçados para nós pela sociedade que todos acham correcto que sejam percorridos, mas parecem que todos eles esquecem convenientemente que se a vida é nossa as opções também o deverão ser.....
Se em uma qualquer conversa informal partilho a informação que pretendo voltar a estudar e tirar uma nova licenciatura, a mais veloz das mentes escolhe a opção óbvia que implicaria para eles aquilo que é percorrer o caminho suposto, mas esquecem-se que existem outros caminhos que ainda sendo estranhos e imprevistos nos podem trazer um prazer que não encontrariamos naquele que eles julgam que deveriamos percorrer....
Numa sociedade que apregoa a liberdade em ser-se diferente é estupidamente insensata a incapacidade da grande maioria das pessoas em aceitar que existem horizontes para além daqueles que se vêm.....
Será que o mundinho dessas pessoas é mais feliz por ser seguro e programado ainda antes de eles próprios existirem?
É assim tão dificil passar da teoria à prática, quando realmente aceitamos as opções que os outros fazem para a vida que é deles?
Em que momento estarei eu livre de olhares que me julgam por querer viver da minha vida de acordo com as minhas próprias opções, que ainda que insensatas aos olhos dos outros são para mim vitais por serem simplesmente minhas...
Porque nem sempre é nas estradas que todos percorrem que se encontram os melhores caminhos eu escolho as minhas opções, erradas ou não, porque podem ser os olhos dos outros a me observar, mas são os meus pés que me levam ao sitios que eu quero ir.........."
9 de Maio de 2008

Perguntas...

Até onde nos podem levar as nossas vontades?

Os outros em mim...

"Há uns tempos, num dia de extrema indefinição dei por mim a questionar como é que os outros me vêem, mas no outro dia pensei em algo um pouco diferente, mas que ainda assim não pode ser considerado o oposto....
De que forma é que o facto de convivermos com outras pessoas nos torna diferentes, ou melhor, será que a convivência com os outros não nos traz algo deles....
De uma forma talvez demasiado simplista essa passagem concretiza-se no momento em que ao estarmos com alguém que ouve as suas músicas favoritas e nos ensina a gostar daqueles ritmos....
Se tudo na vida é viável de ser reduzido a um processo de aprendizagem, parece-me apenas normal que assimilemos algumas das características daqueles que são os nossos professores...
Naturalmente que como em qualquer outro processo de aprendizagem, tornar-se-á tudo mais fácil se aquilo que os outros inconscientemente nos transmitem conseguir despertar o nosso interesse....
E neste processo de aprendizagem tantas vezes esquemos os outros que nos ensinaram, que é realmente curioso pensar em tudo aquilo que faz parte de nós porque alguém permitiu que assim fosse, e termos a noção que existe em cada um de nós muitas pequenas partes do outros....
De uma forma ou de outra a vida permitiu-me ir coleccionando um vasto leque de professores, que ainda que não o sabendo, me trouxeram a mim um pouco de cada um deles...."
15 de Maio de 2008

A minha idade...

Demasiadas vezes me olho ao espelho e questiono quem é aquela pessoa que nele vejo reflectida...
E outras tantas vezes, questiono afinal quem vêm os outros em mim... mas algo mais curioso ainda é a forma como as pessoas vêm a minha idade... para uns sou demasiado nova, e no fundo em incontáveis momentos sinto ter vivido demasiado para alguém com a minha idade...
Não me sinto velha, nem nada que se pareça, mas questiono o que é efectivamente essa coisa da idade... Sei que o tempo actua de formas imensamente diferentes em cada um de nós, e aquilo que vivemos nos faz crescer de maneiras também elas diferentes...
De que forma poderá a minha idade condicionar quem sou?
E como poderá a minha idade influenciar a forma como os outros me vêm?

Eu sei que sou...

Ela... sabes vou te dizer uma coisa, espero que não fiques chateada comigo
Eu... diz
Ela... sabes é que eu acho que tu, na relações, é orgulhosa, não achas?
Eu... eu não acho, eu sei que sou...
Ela... pois...

Perguntas...

Será que somos como somos, porque queremos ser assim... ou ainda que queiramos, o querer não é suficiente?

Verdade... e consequência...

"Num momento em que sinto que as minhas palavras começam a sair tão sinceras que já nem faço esforço algum para as controlar, questiono-me sobre o real impacto que elas poderão ter...
Claro que não sou hipócrita ao ponto de sequer ousar dizer que nunca minto, ou nem sequer omito a verdade, mas onde reside equilíbrio entre a verdade e as suas consequências?
Nas relações humanas, a capacidade de se ser sincero é algo que da mesma forma que nos torna poderosos, nos pode privar de todas as nossas defesas....
Será que, na amizade, a verdade é a arma que deveremos utilizar em todos os momentos, ou não será a sensatez que nos permite filtrar até que ponto poderemos dizer tudo ou simplesmente calar algumas coisas....
Na verdade, sei que as pessoas que realmente me conhecem sabem ler a minha alma de tal forma, que não me atormentam as eventuais consequências de uma sinceridade indesejada....
Talvez o desafio resida na capacidade em descobrir até que ponto estamos dispostos a que os outros nos conheçam, ou preferimos sofrer, sozinhos, as consequências....
Quando assumimos a importância que as outras pessoas têm para nós, e aceitamos expor as nossas verdades, as únicas consequências que devemos temer é que essas mesmas pessoas nos aceitem, não por aquilo que é suposto sermos, mas por quem realmente somos...
Num mundo em que a nossa felicidade é tão estupidamente dependente dos outros, aceitar as consequências da verdade que existe em nós é um risco, mas um risco que de calculado que é, deixa de o ser...
E no momento em que deixamos de temer as consequências, o mais doce dos prazeres é aquele que a verdade nos traz...."
17 de Julho de 2008

Catperson...

É curioso como que ainda que sabendo que somos meros animais racionais, temos a pretensão de sermos muito superiores ao que eles, animais irracionais, são...
Mas na verdade quando alguém me disse que acha que eu sou uma catperson, numa fracção de segundo dei por mim a concordar... ou são fosse eu tão dependente da minha indepedência, do meu espaço... ou não fosse eu dona de uma forma de demonstrar afectos que muitos acham viver entre o peculiar e o incoerente... sim sou uma catperson, e não me sinto nem sequer minimamente inferior por isso, ou afinal não fosse o gato um animal que tanto prezo...
No fundo todos temos um conjunto de características que nos faz ser quem somos, e é dessa singularidade que vive a diversidade...
Aprender a conviver com quem somos é um exercício extremamente desafiante, e ainda assim extremamente interessante!!!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

As mulheres e o futebol...

"Ah pois é meus amigos, espantem-se mas a verdade é que nós gajas também apreciamos esse tão vosso adorado desporto que é o futebol...
Desde os meandros das história que os machos partem do menos inteligente pressuposto que essas coisas do desporto são só para eles, e que o único desporto que nos desperta algum interesse é aquele que nos leva a percorrer kilómetros num qualquer infindável centro comercial....
No meu caso, até consigo compreender o fascínio que os homens têm pelo futebol, mas desde há tanto tempo que fiquei verdadeiramente imunizada contra o fanatismo que deixei de sofrer dessa forma tão particular que só vocês parecem conhecer...
A verdade é que para nós o desporto, e mais concretamente o futebol, é algo potencialmente bastante interessante, e surpresa das surpresas até podemos aceitar o convite para fazer-vos companhia a vós e à bela da cerveja, enquanto assistimos a uma partida de futebol...
Ora então veja-se, não é imensamente mais inteligente nos sentarmos, com a bela da cerveja fresquinha na mão, a apreciar aquele 22 moçoilos dotados de uma bastante razoável forma fisica a exercitarem aquele corpitos que nos fazem a nós pensar em como seria interessante enveredar por outras actividades fisicas....
E com tudo isto talvez vocês passem a se lembrar de nos convidar para partilhar com suas excelências este tão sagrado ritual que é o de assistir ao futebol, ou talvez não....."

17 de Abril de 2008




(a propósito de um sms q recebi a sugerir que eu receba informações sobre o meu clube...)

Frases...

A minha liberdade termina no lugar onde a tua começa...

Perguntas...

Quantas horas teria o dia que ter, para nós acharmos que tinhamos o tempo suficiente para viver?

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Esperança... fé... Estupidez...

"De uma forma qb incrédula olhei em meu redor e senti-me como o louco no mundo dos estupidamente sãos....
Olho em meu redor e tento perceber que sentido faz aquela inúmeras vezes repetida frase: a esperança é a última a morrer.... Claro que eu, como qualquer um dos restantes mortais tenho esperança no amanhã, mas quantas são as vezes que me questiono se não será estupidez acreditar....
Para mim a fé é uma forma de esperança.... talvez a mais especial de todas... mas no mundo em que vivemos não será sinal de demasiada inocência ter sempre fé... acreditar até ao fim... quando no fim apenas nos deparamos com a desilusão...
No fundo eu percebo aqueles que acreditam, aqueles que têm fé. Simplesmente percebo-os porque sei que se não a tivermos ficamos sem a bóia de salvação que nos mantem à tona mesmo no mais enfurecido dos mares, e assim torna-se muito mais dificil aguentar a fúria em nosse redor... Talvez seja a fé que os mantenha à tona...
Mas, mesmo estando ciente de tudo isto, dou por mim a pensar na forma como as pessoas esperam que aconteçam milagres com elas... hoje vou ter sorte.... e tudo se solucionará sem que eu tenha q lutar por isso....
Mesmo tendo esperança, mesmo percebendo a fé, não posso deixar de achar que se traduz numa alta dose de estupidez e mentalidade do crédulos que não lutam pela sua vida e se sentam à espera de 1 milagre....
Na verdade, e acredito que sou apenas mais uma, não sei viver sem ter esperança, sem acreditar, mas também acredito que somos nós que fazemos os nossos pequenos grandes milagres e com eles nos mantemos à tona no mar revolto da fé e da esperança...."

1 de Maio de 2005

Por uma noite...

Tocas no rosto enquanto o ar não sai
Inspiro sem medo do acto que vem
Envolvo os pés como mãos
Do toque nasce a nossa ilusão

Desenhas os risos de um novo medo
Que o peito demonstra sem qualquer sossego
Faz tempo que a culpa se foi
Ficámos de pensar só depois
Do erro.

Já pouco nos resta fechar os olhos
Escondemos actos sem qualquer receio ou angustia
Que nos prende a vontade de sentir
O corpo com prazer

Rasgas-me a roupa sem qualquer pudor
Enquanto buscas o ar pela boca
Passeias o teu cheiro no meu corpo
Por entre os braços misturo tudo
Após o prazer ficaremos mudos
Sem saber
Se é por uma noite

Grito teu nome sem saber
Como será o amanhã
Foi um sonho real
Por uma noite.

Pensamentos...

Quem corre por gosto cansa, mas porque gosta corre na mesma!!!!

(para funcionar há que repetir muitas vezes....)

Livremente...

Será realmente que os outros querem saber qual a nossa opinião sobre eles?
Numa sociedade em que a convivência com os outros surge sempre de um esforço, mais ou menos partilhado, em conviver razoavelmente bem, será que existe do outro lado alguma vontade em ver aquilo que nós vemos?
Algures nas veredas do politicamente correcto existirá realmente alguma vontade em ouvir as respostas à perguntas que vão incessantemente sendo colocadas?
Porque conviver é muito mais que uma vontade, e quiçá em alguns momentos uma imposição, não será mais fácil viver na condescendência dos silêncios partilhados ao invés de na partilha de respostas vazias e sem utilidade alguma....
Qual é a motivação que nos impele a mostrar ao outro como o vemos se ele nem sequer está interessado em se conhecer?
Não residirá na resposta oferecida na ausência de uma pergunta um prazer supremo, que nunca será atingido por mais perguntas que façamos...
No momento que nos oferece o prazer de receber sem dar e de não dar o que não será recebido, a consciência que temos de nós reside na liberdade do silêncio que torna a convivência muito mais sincera.... muito mais simples.....

Perguntas....

Why do people like sex?

O valor da arte...

"Sendo eu uma apreciadora das coisas boas da vida, a arte, nas suas imensas formas é umas das coisas que realmente me fascina....
É certo que cada um de nós tem aquilo que muito chama de talento para as mais diversificadas actividades.... mas em que momento esse talento se transforma naquela capacidade surreal de criar algo que deixa petrificado o mais comum dos mortais?
E mais ainda, se tantos partilham desse dom que é o talento porque é que tão pouco se destacam? Ou na verdade, não é o facto de apenas alguns conseguirem dar uso ao seu talento que os transforma em artistas ao invés dos outros que são apenas talentosos......
Pessoalmente acho que é maravilhoso poder desfrutar dos talentos daqueles que realmente conseguem criar a arte, mas num mundo que os prazeres são algo tão maravilhoso porque é que apenas alguns tem acesso a essa arte....
Num sem número de museus pelo mundo fora estão expostas as mais maravilhosas obras de arte, alguma delas com valores que roçam o escandaloso, mas porque motivo a arte é algo que não está acessível a todos?
A voz de uma cantora soa diferente quando estamos numa qualquer sala de espectáculos a vê-la criar a sua arte, e isso é algo que justifica o que dispendemos para ali estar, mas será que é certo pedir para que paguemos pela sua arte....
Sentada numa plateia de um espectáculo que me fascinou penso no que paguei para ali estar.... no prazer que me é concedido.... e se o valor é algo que pode ser realmente definido....."
22 de Abril de 2008

Excessos...

Eu... sinceramente acho que é atribuir demasiada importância a apenas uma pessoa, ainda que admire tudo o que conseguiu até hoje...
Ela... olha mas eu até gostava de ter ir...

....

Eu... nem quero ver se isso corre mal. No meio de tanta crise gramar com 75 mil portuguses desiludidos é dose...
Ele... eu não sou nem estou desiludido.

...

Ela... o concerto foi muito giro... mas estava à espera de mais...

...

Eu... (i told you so...)

domingo, 14 de setembro de 2008

Carpe Diem...

"Esta expressão tão celebre e tão intensamente personificada por alguns é para outros tantos motivo de desdem, mas no intervalo entre ambos mantem-se a dúvida de qual será a atitude correcta....
Viver o imediato e cometer alguma loucuras traz, na grande maioria das vezes, um prazer intenso que nos permite um grau de satisfação bastante razoável, mas quando termina esse prazer o que é que nos resta?
Residirá no imediatismo a satisfação plena dos nossos desejos?
Existirá alum ponto de equilibrio entre o refreio total das nossas pulsões e a satisfação plena dos desejos mais prementes?
Dizem alguns que ser-se "imediatista" é sinal claro de insensatez e desleixo face ao futuro, mas quando a vida nos mostra das formas mais crueis que o futuro poderá não ser assim tão longo como esperamos, ou nem sequer existir, de que nos serve viver o hoje a pensar exclusivamente no amanhã?
Não nego o prazer que a adrenalina proporciona quando percorre o nosso corpo que se rendeu ao aqui e agora, mas por ser uma droga com um tempo de vida tão curto, o que nos resta depois da sua passagem?
Entre o carpe diem e a hipotese de um futuro mais ou menos longo, como é que poderemos viver aproveitando quer o hoje quer o amanhã?
Será insensatez querer agarrar o hoje sabendo que existirá amanhã ou não o fazer por temer as consequências que poderão surgir amanhã....
Talvez o segredo resida em viver o hoje como se não fosse existir amanhã, mas ainda assim não esquecendo que ele poderá existir...."

22 de Maio de 2008

Futuro...

É curioso como passamos tanto tempo a imaginar o que faremos no tempo que virá, e depois quando ele chega subitamente os planos parecem se desvanecer...
Lembro a insistência com que alguém me questionava como iria eu equacionar tantas coisas para uma vida que apenas tem 24 horas por cada dia... E se bem que no momento não fosse essa a minha preocupação, dava por mim a pensar de que me valeria tamanha ansiedade e preocupação se o futuro ainda não tinha chegado...
A verdade é que nos perdemos demasiadas vezes nas recordações do passado e na possibilidades do futuro, esquecendo o mais importante... viver o presente, que se for realmente vivido poderá ser transformar em mais que o momento presente, mas num presente, numa dádiva...
Claro que não quero tirar a importância dos momentos que já deixaram de o ser para se transformarem em recordações, nem ousaria esquecer as possibilidades do amanhã... Mas preciso, e desejo, viver o hoje com a serenidade que me permitirá conviver com o passado e sobreviver ao futuro...
E porque hoje é o primeiro dia do resto da minha vida... que venha o futuro, e nele encontrarei uma solução para equacionar a minha felicidade...

I'm there!!!!

Os sonhos às vezes demoram... mas chegam.... e eu estou estupidamente feliz!!!!

sábado, 13 de setembro de 2008

Are we there yet?

Not there yet....

Mas apenas faltam 12 horas....

Rosas.... sem espinhos...

If i had eyes in tha back of my head i would of told you how good you looked when i walked away....
É curioso a forma como nós vemos de forma diferente as coisas que se vão afastando. A nossa memória utiliza dos filtros mais selectivos que existem e, regra geral, consegue mostrar-nos os mais belos ramos de rosas sem a sensação dos espinhos a se cravarem nas nossas mãos quando os agarrámos....
Na verdade são coisas como estas que ditam a sobrevivência dos mais fortes. As lágrimas choradas não vão deixar nunca de ter o seu valor, mas ficar a viver na infelicidade que até já faz parte do passado não me parece a coisa mais inteligente do mundo.
Talvez seja esse o segredo, porque não é o perfume que as rosas têm que faz com que as admiremos, mas sim a forma como os seus espinhos nos impõem respeito e admiração pela sua força....

Prove me wrong...

Em alguns momentos apenas gostava de descobrir que estou enganada... agora nem sei....

Será que me vão demonstrar que estava enganada?

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Utilidade...

Eu... raios mais a esta coisa dos pêlos...
mas afinal qual é a utilidade prática disto???
Ele... ao longo dos anos o Homem foi usando roupa e com isso perdendo pêlos...
Eu... pois mas eu uso roupa desde que nasci e ainda tenho muito mais pêlos do que os que preciso...
arg...
Ele... oh....

Wrong from right

O discernimento é uma coisa extremamente interessante.... especialmente quando ele existe e nós mesmo assim convenientemente o ignoramos....
Muito além da consciência social do que é certo ou errado existe em cada um de nós uma capacidade intrínseca de conseguir distinguir essas duas entidades, mas ainda assim em alguns momentos parecemos completamente incapazes de utilizar essa capacidade...
Talvez seja isso que torna absolutamente delicioso o facto de que ainda sabendo que os riscos são demasiado grandes decidamos percorrer o caminho do qual saimos repletos de mazelas....
De que valem os conselhos pseudo-sábios das pessoas que nos rodeiam, se algures nos meandros do nosso mar de células cinzentas um barquito louco e pouco seguro ruma ao destino que ele próprio escolheu....
Se temos a capacidade em distinguir o certo do errado, porque que motivo tão pouco inteligente é que decidimos mergulhar de cabeça nessas decisões que o nosso próprio discernimento definiu como erradas....
Se tão frequentemente escolhemos o errado em detrimento do certo, o que é realmente cada um deles?

Fora de tempo...

Ele... "precisas de..."
posso ajudar?
Eu... para tudo na vida existe um tempo
e as coisas fora do tempo não fazem sentido
...

O meu tipo...

"Neste momento, em que mais uma das minhas invariáveis insónias me visita, dou por mim a tentar responder a uma pergunta que já foram vários aqueles que me fizeram e eu ainda não consegui encontrar uma resposta satisfatória....
Pensar naquele cliché tantas vezes respetido, "Qual é o teu (meu) tipo de homem?", faz-me tentar imaginar o meu principe encantado, mas deparo-me com um pequeno grande obstáculo... não acredito em principes encantados. Fosse eu uma donzela indefesa crente no maravilhoso mundo dos homens perfeitos e talvez essa questão pudesse ser respondida de uma forma mais fácil....
Desenganem-se se com isto julgam que não sei o que é o que gosto, mas a verdade é que acho que seria demasiado pueril da minha parte ainda procurar o homem perfeito, o ideal.....
Claro que não estou a dizer com isto que desisti de encontrar um homem que corresponda aquilo que desperta em mim aquilo que posso suavemente chamar como interesse, porque é mentira....
Na verdade, não tenho dificuldade em enumerar um conjunto de caracteristicas que poderá elucidar um qualquer interlocutor mais curioso sobre qual é efectivamento o meu tipo de homem, mas será que esse conjunto de características é suficiente?
É curioso a forma como quem me conhece consegue identificar algumas dessas mesmas características que eu própria não pareço ter em conta mas que na verdade são decisivas....
Ainda assim a pergunta continua sem uma resposta que me pareça satisfatória... completa..... perfeita.... mas também se não existe o homem que seja a imagem dessa resposta porque me hei-de eu preocupar com ela (a resposta) ao invés de ir descobrindo?????"

9 de Abril de 2008

Are we there yet?

"não sei porque estás assim, quando não há motivo para tal"

"claro que vais conseguir, não fiques assim"

Mas eu tenho direito a ficar ansiosa por algo que espero há tanto tempo... Não sei nem quero viver certezas que não existem.... Não sei viver do que não tenho, pelo menos por enquanto...

Cuz i'm not there yet....

But i'm gettin closer...

Velharias...

"O que é isso de se ser velho?
Em que momento é que ultrapassamos o limite que nos transforma em velhos, e por isso mesmo ultrapassados...
Qual é o caminho que nos leva de velharias a antiguidades? E nesse caminho quem estabelece o valor que vamos acumulando... ou perdendo....
Há uma série de anos atrás ouvi alguém que me envolveu nas suas palavras ao tratar aqueles que a sociedade apelidou de idosos por pessoas de idade maior... Ficou-me o respeito que essas palavras demonstram por essa maravilhoso grupo etário que nós demasiadas vezes convenientemente esquecemos...
Por motivos profissionais a minha convivência com as pessoas de idade maior é quase diária... e mesmo sabendo que para muitos isso é visto com uma conotação qb negativa, não tenho qualquer prurido em os chamar dos meus velhinhos....
Pessoalmente, também não sou grande fã do rótulo de idosos, e sei que existem muitos que acham que é uma falta de respeito que eu os trate por velhinhos, mas será que o é?
No fundo não é isso mesmo que eles são? Velhos....
Quando nos perdemos em códigos sociais para descobrir como chamar as coisas pelos nomes mais correctos, perdemos a verdadeira essência de tudo o que eles nos podem trazer...
Não me preocupo por os chamar de velhinhos, pois é isso mesmo que eles são, e ao reconhecer que são pessoas de idade maior estou a tentar demonstrar que lhes advinho a sabedoria que foram acumulando ao longo dos seus anos de vida...
Ter cabelos brancos é uma dádiva e não um tormento... e isso muito pouco são os que o sabem, por isso os vão pintando, os vão escondendo com as cores que escondem simultaneamente a sua sabedoria....
Ser-se velho não é, ou não deveria ser errado... Afinal de contas se vamos atribuindo um valor incalculável às obras de arte que foram criadas à séculos atrás, porque é que tiramos valor aos seres humanos que foram acumulando anos de vida????"

23 de Abril de 2008


(post publicado hoje por ter ouvido uma conversa que me deixou com a alma estupfacta.... ainda existem pessoas que julgam que não vão envelhecer, e por isso se acham no direito de ridicularizar as pessoas de idade maior... triste, muito triste...)

Para longe...

Eu... sabes estava a falar com o Y
Ela... ah sim, e então ele já foi para lá?
Eu... sim já foi, teve uma sorte fantástica
olha eu também não me importava de ir assim para longe
ir para a China
Ela... ai eu não ia
Eu... pois eu para a China mesmo também não
Ela... oh(risos)

Perguntas....

O que é afinal um pecado?

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Vontades...

Nesta coisa dos relacionamentos entre as pessoas se há algo que me deixa a sinapses completamente embaralhadas é a história da igualdade entre os sexos...
Por mais que tentasse, e não que o faça efectivamente, acho que nunca iria compreender a atitude de alguns personagens do sexo masculino, face ás mulheres... e mais concretamente nos que diz respeito ao sexo.... Mais que admirar e cobiçar o corpo feminino, os meninos adoram se entreter a imaginar um sem fim de actividades que adorariam realizar com aqueles corpos, mas depois tem um incompreensível pudor em falar de sexo com uma mulher...
Será que para os homens o sexo apenas se torna interessante quando praticado com um corpo, ao invés de com uma mulher?
Se para eles é aparentemente tão atraente a perspectiva de se envolver em actividades sexuais com uma mulher, porque não conseguem aceitar uma mulher que não tem o minímo pudor em admitir que não é assexuada e que até gosta bastante do mesmo que eles gostam....
Nem sequer estou a conjecturar sobre os pruridos que algumas mulheres têm no que diz respeito ao sexo, porque cada um, neste caso uma, sabe de si... E muito menos, estou a falar sobre mim...
Mas afinal, onde existe essa pretensa igualdade? No silêncio, no socialmente aceite fingimento que eles são uns tarados e elas umas santas... e depois as coisas acontecem porque eles insistem muito e elas lhes fazem a vontade? E se forem elas a ter vontade?
Mais ainda, como é que é aceitável um homem se achar no direito de ver uma mulher como um objecto sexual, e achar condenável que uma mulher o veja a ele como alguém que poderia satisfazer as suas vontades...
Se o desejo é, numa situação ideial, igualmente partilhado, porque não pode ser igualmente assumido???

Essa coisa a que chamam fidelidade...

Demasiadas vezes nos perdemos em considerações sobre os incontáveis aspectos das relações humanas, mas muito poucas são aquelas em que pensamos nessa coisa a que chamam de fidelidade....
Numa relação entre duas pessoas, qual é afinal a importância da fidelidade?
Quando existem um sentimento intenso e uma plenitude na existência de outra pessoa, será realmente necessário equacionar a fidelidade....
Por princípio, ou simplesmente por fazer parte da minha forma de ser, não sei ser e nem sequer considero a existência de uma terceira pessoa, e então essa coisa da fidelidade é algo que efectivamente não consigo compreender...
Se numa determinada relação, alguém tem que fazer um esforço para ser fiel, será que isso não a mais inequívoca demonstração do estado dessa relação?
No fundo não acredito na fidelidade como necessidade, mas sim como algo natural e espontâneo, algo que quando alguém nos preenche completamente existe simplesmente porque sim.... não porque tem que ser...

Perguntas....

Porque é que o passado insiste em voltar, quando nós gostaríamos que ele fosse apenas isso, passado....

As pessoas que tentamos ser....

"Numa sociedade em que tanto esperam de nós é curioso observar todos os personagens que desempenhamos numa tentativa nem sempre bem sucedida de sobreviver....
O ser humano desde há demasiado tempo que se habituou a esperar algo dos seu pares, e geralmente espera deles algo que o satisfaça a si próprio esquecendo o que realmente os motiva....
Quando nascemos existe desde logo traçado para nós um plano que tem como objectivo vir a realizar os desejos dos outros, ou não nascêssemos nós por vontade de alguém em ser feliz às nossas custas....
Mas numa sociedade que tem mais de selvagem que de civilizada é deveras curioso observar quantas vezes cada um de nós muda de mascara para se poder integrar, ou melhor dizendo para agradar os outros....
Com isto não pretendo dizer que estou isenta de representar esses papéis de personagem secundária ou até mesmo de figurante na vida de qualquer outro protagonista, mas que ainda assim me intriga o motivo pelo qual o fazemos se afinal somos nós a poder proporcionar a nós próprios as maiores vitórias na concretização das nossas vontades....
Numa sociedade tão estupidamente exigente como é a nossa a tentativa de se destacar por esta ou aquela característica é geralmente o caminho escolhido por demasiadas pessoas....
Esquecemo-nos de viver numa tentativa desesperada de sobreviver...
Pergunto-me se não seria mais satisfatório nos dedicarmos a construir a nossa própria história ao invés de nos tentarmos destacar como pseudo protagonistas numa vida que não a nossa....
Pessoalmente aprendi que não posso, e na verdade nem quero, satisfazer a todos, aprendi que viver em sociedade não passa por gostar de todos aqueles que nos rodeiam mas sim saber conviver com eles....
E porque não sei desempenhar um papel de figurante, e não me sinto realizada por cumprir as tarefas que os outros sonharam para mim prefiro viver a minha vida, com tudo aquilo que poderá ser socialmente inesperado, mas que me traz mais felicidade que os sonhos dos outros alguma vez poderão trazer....
Talvez apenas seja mais inteligente sermos as pessoas que somos os invés de sermos as que os outros esperam que sejamos...."
29 de Abril de 2008

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Amigos virtuais, virtualmente amigos... Amigos!!!

"Hoje, e por motivos que agora não interessam propriamente à questão, dei por mim a pensar nas minhas amizades... e, como é natural e óbvio, nos meus amigos...

Uma vez em conversa com um dos meus amigos, dei a minha opinião em relação ao que considero amigos, quantos são realmente aqueles que podemos considerar amigos... e dei-lhe razão quando ele parafraseava em professor seu amigo ao dizer que amigos de verdade nós seremos afortunados se ao longo da vida juntarmos dois ou mesmo três....
Não me levem a mal aqueles que considero meus amigos (que não serão dezenas e muito menos centenas...mas também estão algo longe dos dois ou três), mas na realidade concordo plenamente com estas palavras.
Quantos de nós podemos nomear uma extensa lista de pessoas que sabemos que estarão sempre lá ao longo da nossa vida, seja qual for o momento ou a situação que nós precisarmos?
Na verdade para q ueprecisamos nós de dezenas de amigos?
(ok confesso, esta saída foi particularmente cáustica e inconviente.... mas será assim tão absurda?)

E depois, como podemos dizer: Tu és meu amigo, mas tu não?
Em que ponto na nossa vida aprendemos a identificar os nossos amigos?
Nesta suprema relação humana que é a amizade, quantos de nós nunca errou? Quantos de nós nunca magou um amigo?

Felizmente ao longo da vida conheci mtas pessoas, e talvez não tenha conhecido mais porque por meu feitio (ou talvez por defeito, sei lá...) não me dou facilmente a conhecer.... Ainda recentemente, e porque aqueles que me rodeiam mudaram, comecei novamente a ouvir: "pensavamos nós que a conhecíamos e afinal ela é uma caixinha de surpresas" a meu respeito.... Serei assim tão anti-social porque levo mais tempo que o comum dos mortais a me dar a conhecer? Serei assim tão fora do normal porque não trato por amigos todos aqueles que conheço e na realidade são meus "conhecidos". Ou porque naturalmente faço uma "selecção" entre os colegas e os amigos, me torno alguém assim tão inacessível?
Na verdade não trato de forma diferente os colegas e os amigos... mas de alguma forma acho que os amigos são pessoas especiais e por isso merecem (sim merecem!!!!) ser meus amigos.....

E, depois de todos este desabafo filosófico (ou nem por isso, lol) volto ao ponto que me trouxe até a este desabafo... ou desabufo como costumo dizer... Quem são os meus amigos? Será que tenho amigos virtuais? E, já agora, o que será q coloca alguém nessa categoria? (dos amigos virtuais digo, pueorq quanto à categoria dos amigos, bem aí nem sequer vou tentar explicar...)
Para quem lê estas palavras, e estando familiarizado com o mundo "virtual" com o qual convivemos diariamente, ao ler as palavras amigo e virtual juntas, certamente irá pensar naquela suposta categoria de amigos que conhecemos online... Mas eu não concordo...
Para os meus amigos, certamente têm a noção que eu há muito me deixei envolver pelo mundo virtual... e pela curiosidade que a ele está inerente criei alguns conhecimentos.... ou melhor conheci pessoas.... Mas agora volto à minha questão? Quando é que alguém que conheci online passa a amigo virtual, quando na realidade não o é... ou nunca chegou a ser realmente 1um amigo? Será um colega virtual?
Na verdade, e no meio de todas estas questões, existe uma que é mais premente... Qual será o amigo virtual, aquele que conheci uma vida inteira e por isso supostamente deveria ser um amigo ou aquele que conheci num mundo virtual mas que a vida me mostrou que é realmente um amigo?

E, na rota das questões e dúvidas, existem mais algumas que navegam no mundo a amizade....
Lembrando-me de amigos duma vida inteira... procuro o momento em que perdi o fio de ouro que usei para tecer a teia da nossa amizade? Questiono-me sobre o passo que me levou para longe desse lugar especial que é uma amizade partilhada contigo... Mas, e a ti amigo a quem dedico estas palavras de saudade, quero deixar-te a certeza que mesmo estando na ignorância de onde me perdi de ti, estarei sempre ao teu lado para qualquer que for o momento ou a situação que tu precises de mim....
Numa onda completamente diferente, questiono-me como podemos transformar um relacionamento numa amizade...
"Acho melhor sermos amigos"....
"Está bem..."
E depois? Depois de aceitar um pacto de alguém que representou um papel completamente diferente (mas fundamental que se diga, não oposto) de um amigo, como é possível mudar de cenário e ser-se amigo? Será a amizade aqui pedida, ou cedida, aquela que na realidade é apenas um convivência, ou distanciamento, pacíficos?

Eu, como qualquer ser humano (e como é fácil deduzir pelas inúmeras questões que levantei em meia dúzia de frases) serei eternamente insatisfeita... mas posso me sentir feliz por teu amigos que não são virtuais... Por poder cultivar amizades mesmo através dum mundo virtual...
Mas antes de terminar este desabufo dedicado a todos os meus conhecidos, mas especialmente aos meus amigos...e porque não existem amigos virtuais, nem podemos ser virtualmente amigos de alguém... não posso deixar de dizer aquilo q para mim é um amigo.... um amigo é um bem eterno.... algo que reconheceremos no momento que o encontrarmos e que estará lá sempre... um amigo é um companheiro que escolhemos para nos acompanhar... um bem real e não virtual... uma presença ininterrupta..."

12 de Março de 2007

Perguntas....

O que leva um amigo a deixar de o ser?

E quem não casa?

"Quem casa quer casa...
E quem não casa? Será que não quererá também a sua casa?
......
De uma forma mais ou menos assumida o casamento foi, durante um longo periodo de tempo, uma forma de adquirir liberdade.
Actualmente, e fruto de um conjunto de transformação sociais mais ou menos proveitosas, o casamento deixou de ter essa pseudo-função, e a liberdade é conquistada de uma outra forma.... mas será que não continua a se utilizar esse subterfugio para obter uma suposta liberdade?
Pessoalmente, o casamento não se apresenta propriamente como uma opção, mas a necessidade de ter o meu espaço não diminui nem sequer minimamente. No entanto, e por motivos económicos ou por ter me comprometido com um outro conjunto de prioridades, actualmente, as possibilidades adquirir a minha casa são praticamente nulas.
Num momento em que a situação económica da quase totalidade dos jovens é ridiculamente precária, como é que se consegue tranformar o desejo da liberdade em realidade, contrariando a tendência actual em que ter o seu próprio espaço contitui um luxo acessível a poucos....
Poder-se-á então justificar a tentativa de encontrar alguém com que partilhar esse luxo e torná-lo em algo viável, com a necessidade de liberdade???
Não será o luxo partilhado uma liberdade apenas ficticia em que o espaço nunca será simplesmente nosso???
....
Porque quem casa quer casa, mas quem não casa também tem o direito de ter uma casa, continua-se a sonhar com o luxo conquistado a solo, verdadeira tradução da liberdade...."
15 de Junho de 2008

Nobody Knows...

Nobody knows
Nobody knows but me
That I sometimes cry
If I could pretend that I'm asleep
When my tears start to fall
I peek out from behind these walls
I think nobody knows
Nobody knows no
Nobody likes
Nobody likes to lose their inner voice
The one I used to hear before my life
Made a choice
But I think nobody knows
No no
Nobody knows
No

Baby
Oh the secret's safe with me
There's nowhere else in the world that I could ever be
And baby don't it feel like I'm all alone
Who's gonna be there after the last angel has flown
And I've lost my way back home
I think nobody knows no
I said nobody knows
Nobody cares
It's win or lose not how you play the game
And the road to darkness has a way
Of always knowing my name
But I think nobody knows
No no
Nobody knows no no no no
Baby
Oh the secret's safe with me
There's nowhere else in the world that I could ever be
And baby don't it feel like I'm all alone
Who's gonna be there after the last angel has flown
And I've lost my way back home
And oh no no no no
Nobody knows
No no no no no no

Tomorrow I'll be there my friend
I'll wake up and start all over again
When everybody else is gone
No no no
Nobody knows
Nobody knows the rhythem of my heart
The way I do when I'm lying in the dark
And the world is asleep
I think nobody knows
Nobody knows
Nobody knows but me
Me

Plenitude...

Aqui sentada enquanto os ponteiros do relógio parecem se movimentar ao ritmo de uma melodia que parece ter um andamento demasiado incerto, dou por mim a pensar nessa infrutífera procura em que vagueamos eternamente....
A necessidade de uma plenutide que não sabemos do que é feita torna-se num vicío tão estimulante que nem sequer ousamos nos dedicar a descobrir a sua verdadeira essência...
Na vida, a felicidade assume-se como o invariável desejo que nos vai consumindo, e enquanto o desejo nos consome vamos perdendo a capacidade de saborear os pequenos grandes milagres que o universo conspira....
Dizem que o sonho comanda a vida, mas por vezes, por infímos instantes, questiono-me sobre o que será da vida como a conhecemos quando os sonhos se esfumarem numa pseudo-felicidade plena de satisfação, uma pseudo-felicidade destruida por mais um desvaneio sonhado, por mais um desejo ambicionado....
E naquele momento em que o meu coração perdeu a eterna luta com a minha mente, desejo ser eu a comandar a minha vida, impondo-me aos meus sonhos...
Será que nesse momento serei plenamente feliz?
Perco-me nos meandros do egoísmo puro e duro, quando da minha alma envenenada pela sinceridade, não consigo fingir a felicidade de me perder nos braços de alguém enquanto o meu olhar se perde no horizonte que amo...
Presa a esta insatisfação que me vai corrompendo, é a vontade de não de deixar perder em uma qualquer escuridão, que me mantem á superficíe deste oceano de sonhos...
Porque não me sinto capaz de por muito mais tempo sobreviver ao sofrimento e á dor dos outros, optei por viver a minha vida com a incerteza do amanhã e a nostalgia do ontem como os mais preciosos tesouros que a minha alma pode guardar...
E quando os sonhos parecem embalar a minha alma ao ritmo dos ponteiros do relógio, o meu coração recupera o folego para voltar a travar a sua eterna luta por uma plenitude de pequenos grandes momentos...